5 de dezembro de 2006

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Andava o vagabundo à procura na cidade de um espaço para dormir. Mesmo que não fosse obrigatório sonhar (os vagabundos sonham?). Andou. Andou. Muita gente. Poucos olhos. Muito ar. Pouco calor. Andava à procura de um espaço. Simplesmente de um espaço. Para dormir. Sozinho. Porque assim o amor não o feria. Pousou junto a uma janela pouco iluminada. Sentou-se e deixou-se adormecer. Só soube no dia seguinte que estava à porta de casa... Sentiu-se feliz.


3 comentários:

Anónimo disse...

Quem de nós não se sentiu já um vagabundo, à procura de calor no meio da multidão? Quem nunca sentiu o peso da solidão, o medo de estar só no meio de muitos rostos? Todos somos vagabundos...

Sophie disse...

Pobre e vencido, só é aquele que não tem sonhos.
Um beijinho meu.

HNunes disse...

Todos nós já fomos nem que seja por uma vez na vida "vagabundos". Muitos de nós pelo menos uma vez na vida não encontramos a "janela" para pousar. Essa vivência em muitos de nós ou está fresca ou guardada como lição. Ninguém gostaria de vivê-la novamente.
Jokas

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...