5 de fevereiro de 2007

f0rÇa


Pudesse eu ter cor seria vermelho

Pudesse eu ser flor seria espelho

Pudesse eu ser dor seria cinzeiro

Pudesse eu ser andor seria inteiro

Pudesse eu ser calor seria o sol

Pudesse eu ser amor seria lençol

Pudesse em ser tambor seria poeta

Pudesse eu ser turpor seria linha recta

.

.

.
Pudesse eu não ser nada, bastava-me um olhar de madrugada: uma janela aberta à estrada!

12 comentários:

M.M disse...

Poder, até podemos, querer é que já não sei. :)

Maria disse...

A janela está aberta, a estrada é vermelha....

Maria P. disse...

Lindo.
Janela a Sul ou a Norte, mas de madrugada deve ser explendor...

Bjo.

Je Vois La Vie en Vert disse...

O meu olhar de madrugada foi : uma janela aberta à poesia do Pedro !
Que belo início de dia !

Mina disse...

As janelas abrem-se de par em par, ao calor do sol matinal. Pudesses? E não és porquê? A vida é de quem? :)
Bjs, boa semana!

Teresa Durães disse...

uma miragem.

Anónimo disse...

Podes, Pedro, em cada palavra que escreves.

"La nuit n'est jamais complète
Il y a toujours puisque je le dis
Puisque je l'affirme
Au bout du chagrin une fenêtre ouverte
Une fenêtre éclairée" (Paul Éluard)

Eu diria : au bout du doûte...

isabel disse...

Enquanto a janela estiver aberta, podemos ser sempre alguém

Bjs Pedro

Anónimo disse...

Uma janela aberta à estrada....e o verso que flutua nos (teus) vincos_________________________________________...


Um beijooo P., Boa semana

maria josé quintela disse...

sê então vermelho. e sol. e poeta.

o mais difícil já tu tens. cor e luz. e palavras.

a janela aberta vem depois...

vida de vidro disse...

Mas uma janela aberta à estrada, é muito! É o desprendimento, a leveza. E a beleza. Das palavras. **

Claudia disse...

E não é que podes?!!!

Beijo se puder...

oTeMp0

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