21 de abril de 2007

fUiEs0uSoUeFuI

Entrei em casa e esqueci-me da luz. Esqueci-me da luz mas entrei em casa.

Pousei a pasta e perdi-me em ti. Perdi-me em ti mas pousei a pasta.
Cheirei-te, linda, de olhos fechados e calei-me. Calei-me mas cheirei-te, linda, de olhos fechados.
Foste tudo naquele momento e quis morrer. Quis morrer mas tu foste tudo naquele momento.
Reparei então que tinhas cor e cantei mais alto. Cantei mais alto mas reparei então que tinhas cor.
Fui rio na corrente e assim fiquei. Assim fiquei mas fui rio na corrente.

Entrei em casa.

Esqueci-me da luz.
Pousei a pasta.
Perdi-me em ti.
Cheirei-te, linda, de olhos fechados.
Calei-me.
Foste tudo naquele momento.
Quis morrer.
Reparei então que tinhas cor.
Cantei mais alto.
Fui rio na corrente.

Assim fiquei.

10 comentários:

Anónimo disse...

Entraste em casa...
e foste...
e o sol aqueceu mais a terra...
e o mar ficou mais azul...
e a música tocou mais alto...
como um hino!!!

HNunes disse...

Sem comentário...
Jokas

Maria disse...

Cantaste mais alto...
.... e assim ficámos...

Beijo, Pedro

sonhadora disse...

Beijinhos embrulhados em abraços.
Bom fim de semana.

SMA disse...

Para quê a luz, qnd se vê tudo e tudo tão claro como o dia em luz?!

Bjo carinhoso

Anónimo disse...

O "ponto" em que.. nao nos importamos com a morte, já senti isso... ;)
Bjsssss

Citizen Mary disse...

Li-te e fiquei em silêncio...

Belo, o que escreves.

Um beijo.

Maria P. disse...

A Plenitude.

Um beijo para ti.

Maria Carvalho disse...

Adorei ler-te! Está simplesmente magnífico.

Letras de Babel disse...

isto é

é

(onde está a palavra?)

é

belo.

(fica assim e não lhe mexo mais)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...