r0uQuIdÃo

Fundo. Demasiadamente fundo te procuro. No descer estonteante de uma escada que nos eleva até à nossa alma. Lá no fundo. Onde tudo se gera. A nossa paz e a nossa guerra.

sEmDeStIn0

Bem me dizias que o teu silêncio não era mais do que um leve suspiro. Aquele que todas as noites me beija a alma enquanto te esperava. Aquele que meus versos cantava. Aquele que antes de estar, já não estava. Seguramente aquele que saberá voltar a adormecer-me nos horizontes dos nossos caminhos.

MaRaLt0

Só me interessam os silêncios que tiverem o som da tua voz.

Mesmo que molhada ou sangrenta.

Quando cantas transportas tudo o que de ti espero.

No silêncio.

Das tuas palavras que atiro sempre para o meu peito.

NoPiCo

Perguntam-me as pedras se foram feitas para se caminhar em cima. Respondo, possivelmente na ignorância, que o problema é dos passos...

iReViR

Interessam-me as estradas. As boas e alcatroadas estradas. As que têm curvas ou passam nos túneis. As que acompanham o mar. As que atravessam rios. Todas as estradas me interessam. As poeirentas. As misteriosas. As que adivinham o perigo. As que mostram o fim. As que passam nas aldeias ou nas grandes cidades. As pequenas estradas ou as enormes avenidas. Porque em cada uma delas há alguém que já passou por lá e alguém que irá lá passar. Até posso ser eu... ou tu.

nAeStRaDa

De que sombras são pintadas as minhas pétalas? Que pontes, tornadas finalmente sólidas, me cobrem? Pedaços de mim, por aí. Talvez por dentro, talvez verdade... Trilhos de um caminhante solto na sua própria prisão...