19 de abril de 2015

aPaLaVrA

Inicia-se, de novo, a palavra.
A que serve de consolação
A que cega na sua ilusão
A que não se ousa calar
Ingénua, de tanto (se) arriscar.
Dignidade. Safira.
A palavra serve a verdade
Tanto como serve a mentira...

13 de abril de 2015

UmDiA

Um dia vou desaguar no infinito. Desfazer-me num eterno grito que ecoará tão longe e tudo se perderá. Um dia assim será.
Um dia vou arrancar-me numa onda o que dói no amor. Ser espuma no céu e pincelada do pintor. No poema que ainda não se fez. Um dia talvez.
Um dia não existo. O meu corpo, a minha alma. E a minha alma dirá que resisto. E por isso a corrida. Um dia, a minha vida!

8 de abril de 2015

MáRi0aUgUsTo

Chove a lágrima que lavra a terra. Sustenta-se a árvore, respiração da vida. A luz do teu sorriso abraçou mais uma vez. E deixei-me adormecer no som do teu canto...

6 de abril de 2015

aRuìNa

A ruína é uma casa bonita
Bem arrumadinha e com as janelas abertas
A ruína é o cheiro a podre
Que sai das palavras certas...

A ruína é um cesto de fruta
Colorido, vistoso que abre o apetite
A ruína é o passo dado
Numa solidão sem convite...

A ruína é o sorriso sincero
No leito aconchegado da magia
A ruína é o que se faz
Na luta do dia-a-dia...

A ruína sou eu, aqui parado
Como se a morte fosse assim...
A ruína é o grito no peito
Que, na vertigem, me devolverá o fim.

mUsA

Que pedaços leva o mar dos pensamentos do amor? Quantas praias, leitos e caminhos sangram o seu fervor? Ai, bela musa da minha existência... és natureza em mim!

5 de abril de 2015

HoMeMdAiLhA

Existe um homem na ilha
Que tem nos olhos um amor e o mar
Que tem nos versos o seu cantar
E que nunca desiste dos passos
Existe um homem na ilha
Cheio de sonhos e cansaços...
O meu amigo da ilha
Tem voz de verso e ternura
Em cada abraço fonte de sorte pura
Sem desistir nunca e saber
O meu amigo da ilha
Cheio de sonhos a acontecer!

4 de abril de 2015

mAiSuMaSaUdAdE

Pode a Pequena Pantera sobreviver aos sonhos? 
- Podes, claro. As janelas deixam sempre passar a luz do sol.
Pode a Pequena Pantera saboreiar o aroma das flores?
- Podes, claro. O vento é o manto colorido do tempo.
Pode a Pequena Pantera cantar?
- Podes, claro! O teu coração tem o brilho dos teus olhos.
Pode a Pequena Pantera saltar e dançar?
- Podes, claro. Basta o abraço do Pequeno Príncipe.
- Onde estás, Pequeno Príncipe?
- Aqui. Sempre estive aqui. Nunca saio daqui...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...