9 de dezembro de 2007

qUaLaCoRdAd0r?

Cada lágrima minha ecoa demasiadamente forte dentro de mim para conseguir ser corrente.
Cada silêncio levanta as palavras gastas de tamanha inquietação.

Volto de novo um dia talvez quem sabe outra vez a ser isso mesmo... Presente.

Carrego-me as memórias das ondas que devoram todos os momentos do meu coração.

Sufoca-me o peito. Abafa-me a história. Perturbante maré nos meus olhos perdida.

Calo-me. Sim. Calarei todos os pedaços das trocas. Dos aromas em ebulição.

Na estação da viagem. Por entre o escuro da noite e a certeza da partida. Só de ida?

Em todo o peso de uma existência fortemente entregue ao destino e à solidão.

Cada lágrima. As minhas. Sem reflexo. Sem brilho. Limpas. Plenas de mim.

Na mistura indissolúvel que nos interroga os caminhos quando se vê o fim.

Perto demais da morte. Longe demais da entrada. Onde tudo se atropela assim.

Será jardim?

3 comentários:

Moura ao Luar disse...

Nas palavras me deixo adormecer para que alcançar os teus pensamentos se torne realidade...

Maria disse...

Não sei, Pedro.
Mas pode ser um jardim. Verde!

Um beijo de boa noite

Lídia disse...

... a cor depende do coração de cada um.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...