De que vale o mar
Se também é enterro
De que vale cantar
O som do nosso erro
Se o tempo... se a vida...
No teclado que nos deu em sorte
Ecoa ainda o segundo que te deu a morte.
De que vale a memória
Se também é cruel
De que vale cada história
Com que sujamos o papel
Se o tempo... se a vida...
No teclado que nos deu em sorte
Ecoa ainda o segundo que te deu a morte.
De que vale o caminho
Se também é paragem
De que vale vir de mansinho
Se caímos à passagem
Se o tempo... se a vida
No teclado que nos deu em sorte
Ecoa ainda o segundo que te deu a morte.
Irei um dia chegar em segredo
Talvez num grito
Em cada verso que deixarei escrito
O meu passo tão perto do medo
Talvez um sorriso mais
De ternura e sonhos fatais
Com que abraço todas as lágrimas do mundo
Que não querem esquecer esse segundo
Feito destino e pedaço meu
Nessa morte que te deu...
2 comentários:
Tão bonito e tão forte
tão ternura de dentro de ti
......
como se pode afastar a morte?
Abraço-te.
Bonita homenagem!
A cultura e o mundo ficaram mais pobres...
beijinhos :)
mariam
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