5 de janeiro de 2009

cAnTeIr0


Se a minha voz rouca pudesse
Se o meu peito ajudasse
Todos os gritos que hoje te desse
Seriam beijos na tua face

Memórias postas ao acaso
Entre uma ternura e um cansaço
Sem tempo certo, sem nenhum atraso
Porque só nos resta esta seiva, pedaço a pedaço

Sou pobre, pequeno inferno entre mim e o meu ser
Perdido nas inquietações dos sonhos, das palavras e das marés
Desprotegido e solitário... porque só assim sei sofrer
Mesmo quando as tuas ondas me chegam molham os pés

Solta-me! Arrasa-me! Liberta-me! Sossega...
Resta-me a súplica e a prece.
Vertigem alucinante e cega
Que a minha voz rouca transportaria, se pudesse

8 comentários:

Maria disse...

Há sempre um tempo de inquietação
Entre a ternura e o cansaço
Acalma, sossega o teu coração
Enquanto não te dou o meu abraço…

Beijo grande, Pedro

mariab disse...

Porque nos inquietam tanto as marés do amor? As tuas palavras são uma vaga bem alta. Beijos

cristal disse...

Inquieta e cansada me sinto hoje!
Vim visitá-lo e fiquei vendo/lendo/admirando o seu "canteiro".
Gostei muito, bonito poema e imagens que me devolveram um pouco de serenidade.
Obrigada Pedro

Um Abraço

as velas ardem ate ao fim disse...

Não há flor mais linda que a Margarida!

um bjo P

Bom Ano!

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,
estrondoso poema. muito muito bonito.

deixo um abraço na forma de'arco-íris feito de flores e o meu sorriso :)
mariam

Anónimo disse...

Então grita porque os beijos fazem falta. descansa num abraço mesmo que sonhado na inquietude de quem sonha assim raspando a realidade.

As Margaridas são Lindas :)

Beijo meu

Babes disse...

Sonhar...
Sonhar sempre, sonhar muito...
Ainda que os sonhos se movimentem como vagas de inquietas marés.
Afinal... o Mar também sonha.


Beijo meu

Paula Raposo disse...

Extremamente belo! Fico sem palavras...beijos.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...