28 de novembro de 2010

aVeZpRiMeIrAsEmPrE

Explode-me o peito sempre que o tempo não vem
Grito de aflição os segundos contados
Quero inventar outro tempo também
Quero os segundos teus eternizados

Invade-me o peito a cada despedida
Ficam os silêncios das memórias em chama
Que os nomes se fundam à partida
Que os cheiros regressem à cama!

Forte o sentido deste caminho vagabundo
Feito frio, fome, insossego e amargura
Sobram os poetas, cantadores do mundo
Nos vazios das saudades e da ternura...

Explode-me e invade-me sem cessar
Simplesmente porque NÃO QUERO de outra maneira
E deixo assim o meu sangue escoar
Sempre como se fosse a vez primeira!

4 comentários:

Eli disse...

Muito intenso! Tal como tudo o que se sente verdadeiramente!

:)

Maria disse...

O tempo fica sempre eternizado dentro de nós. Se quisermos. E podemos sempre ir buscar esses momentos e voltar a vivê-los, ainda que sejam apenas memórias. Mas o tempo virá outra vez, para ti. Para nós. Talvez venha com o vento, já que com o frio não se fez presente.

Abraço-te num aconchego, quente.
Boa noite, Pedro.

Anónimo disse...

a vez primeira onde os segundos se contam ou se perdem e parece tudo parar e ficar para sempre. como num conto de fadas...

poema forte e quente.
(está um frio)

beijos muitos

Branca disse...

Encantada com poema tão intenso e que se sente vir bem do fundo da alma.
Gostei muito.
Beijos
Branca

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...