3 de maio de 2011

vErSoAvErSo

Gota a gota, lágrimas de um rio tanto

Num leito que se derrama e persiste...

Verso de cá, em carinho de espanto,

Verso de lá, canto rouco e triste.


Gota a gota, sangue de um mar de mim

Em areais de pele faminta e corpo dormente...

Verso de cá, num canteiro cheiroso, sem fim,

Verso de lá, este laço sempre vivo e quente.


Gota a gota, sémen de uma vida abençoada

Às voltas entre túmulos e janelas...

Verso de cá, em desejos de uma noite incendiada

Verso de lá, viagens eternas, breves ou belas!

2 comentários:

Dança dos Dias disse...

Sempre com a alma na ponta dos dedos, Pedro!
Agora já podes encontrar o meu blogue novo.
Um beijo.

Maria disse...

Haverá sempre um mar em ti. Aberto. Um mar onde caberá tudo, rebentando em onda a cada sorriso teu...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...