Faz-me falta a lágrima, cada minuto da memória adormecida. Faz-me falta o pequeno lugar onde a maré se encontra com o tempo. Faz-me falta o sorriso envolto nas mãos grossas de mãe. Faz-me falta o verso no vento. Faz-me falta a porta aberta, a janela sempre pronta a pintar as cores do mundo e a gargalhar. Faz-me falta a respiração. Faz-me falta o encontro. Faz-me falta o rio. Todas as palavras perdidas por aí. Faz-me falta a saudade. Faz-me falta o pedaço da tua pele e os cheiros. O toque com que sentia a tua presença. Fazes-me falta.
1 comentário:
Deixa o passado sossegado nas memórias. Nas boas e nas menos boas. Mas deixa-o sossegado, para que possas também sossegar.
A tua inquietação deve ser apenas oo futuro. Um futuro onde continuarão as mãos grossas de mãe prontas a receber lágrimas, prontas a ninar...
A porta continua sempre aberta e a janela nem fecha! O pão pode sempre aquecer-se e o queijo não apodrece. O vinho está a 'abrir'. E se fechares os olhos podes sempre ver o rio ao fundo. Vem. Espero-te.
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