27 de junho de 2014

fAz-MeFaLtA

Faz-me falta a lágrima, cada minuto da memória adormecida. Faz-me falta o pequeno lugar onde a maré se encontra com o tempo. Faz-me falta o sorriso envolto nas mãos grossas de mãe. Faz-me falta o verso no vento. Faz-me falta a porta aberta, a janela sempre pronta a pintar as cores do mundo e a gargalhar. Faz-me falta a respiração. Faz-me falta o encontro. Faz-me falta o rio. Todas as palavras perdidas por aí. Faz-me falta a saudade. Faz-me falta o pedaço da tua pele e os cheiros. O toque com que sentia a tua presença. Fazes-me falta.

1 comentário:

Maria disse...

Deixa o passado sossegado nas memórias. Nas boas e nas menos boas. Mas deixa-o sossegado, para que possas também sossegar.
A tua inquietação deve ser apenas oo futuro. Um futuro onde continuarão as mãos grossas de mãe prontas a receber lágrimas, prontas a ninar...
A porta continua sempre aberta e a janela nem fecha! O pão pode sempre aquecer-se e o queijo não apodrece. O vinho está a 'abrir'. E se fechares os olhos podes sempre ver o rio ao fundo. Vem. Espero-te.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...