25 de novembro de 2006

Ac0rDaR


Cai uma gota no meu regaço
Pára, escorrega e descansa
Enche-me o colo, por entre o seu cansaço
Sem eu saber, perdi a esperança

Recolho ao meu jardim de segredos
Paro, escorrego e deixo-me adormecer
Percorro cada pétala, por entre os nós dos dedos
Procuro a liberdade de tudo acontecer

Sonho comigo, sentado neste lugar
Exactamente nesta mesma posição
Chamo-te baixinho, por entre a força do meu cantar
Sem mágoas, sem dores, mas com paixão

Aqui estou, sentado e a sorrir
Sei que tudo é aqui é nosso e belo
Canto, canto, canto, por entre a fome de resistir
Permaneço em guerra em paz e sem castelo

Se queres terás tudo, as minhas palavras já nossas
Que sou livre nesta prisão de ser eu
Que tenho mundos de recados, por entre beijos e mossas
Como se o que existe tivesse sempre sido teu

Poderemos perder-nos este voo? Nada flui sem rio nem montanha...

2 comentários:

Maria Romeiras disse...

Gostei. Não resisti a visitar. Gosto de palavras bem tratadas, bem cuidadas. Amanhã lerei com mais calma, certamente com menos cansaço. Mas é um bom caminho a escrita. De construção.

HNunes disse...

"Aqui estou eu, sentado(a) e a sorrir" porque sei e tenho a certeza, de que o caminho a percorrer, nunca será árduo se não parares de escrever.
E Eu, Tu, Ele e Nós cá estaremos para dizer: "O teu caminho se calhar é escrever"
Jokas

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...