4 de setembro de 2008

aVi0lAdEmIm


Sigo as estradas que traço
A cada novo acordar
Levo a viola, a caneta e o cansaço
Os sonhos, as lágrimas, tudo o que faço
Sou um rio que se faz ao mar

Encontras-me nessa caminhada
A cada novo olhar
Trazes a vida, o gesto e a dor calada
As palavras, a canção, tudo e nada
És parte de mim, sem nunca se calar

Ventos quietos na serra
Um cinza-cor, aguarela
Sempre em nós, como uma janela
Que se abre à paz e à guerra

Silêncios, fados e cetim
Um verso mais, vestido colorido
Sempre em nós, sempre em mim
Um caminho traçado, eterno e despido

15 comentários:

dulce disse...

Este é que é um post do outro mundo!
Muito bonito, foto e palavras!
Abraço apertado!
Saudades.

tufa tau disse...

a chuva que caiu pintou em mim uma aguarela
de todas as cores
deixou-a à vista nos meus olhos para que todos possam ver(-me)
os ventos segredaram-me ,um a um, que este não é o meu lugar
que o meu fado é outro, virá do mar

a névoa encontrou o meu olhar aguarelado
de cinza o encheu
entristeceu de novo a minha estrada
para que o caminho se torne sombrio
mas o sol despontou e vi um rio

foi olhar o dia
foi olhar a luz
sentir que sorria
que a vida seduz

foi chegar ao lar
foi abrir janelas
a paz encontrar
sempre em aguarelas


deixo abraços para a tua viola, o teu som...

Anónimo disse...

"Levo a viola, a caneta e o cansaço".
Sempre o eterno cansaço...
:)

Carla disse...

ter nas águas do rio os sonhos e as lágrimas...toca a viola a música no percurso deste caminho
beijos

Maria P. disse...

Belíssimo...

Bjo*

Parapeito disse...

Que belo!!
Como escreveu Torga "Uns têm a sina de sonhar a vida, Outros de a colher. ...

Gosto de te ler Pedro Branco***

pin gente disse...

pintava-te, sim, mas não de branco
não daria cor ao tom da tua pele
e não usava por tinta a aguarela
faria uma mistura de flores e de mel

com o meu pincel envolto em fantasia
deixava nos teus pés a doce obra
sob a tela desnuda de teus dedos
seguirão teus passos noite fora




um beijo

Maria disse...

Abraças a viola como quem abraça uma mulher.
É assim que te vejo, viola como extensão de ti, e quando te abraças a ela nada mais conta...

Um beijo, Pedro

Maria disse...

Não disse nada sobre esta fotografia.... é belíssima...

cristal disse...

Poema e imagem lindíssimos!!!!!

(que bom! ..... trouxe de novo a viola...)

Um Abraço e um sorriso :)

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá Pedro!

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo. O meu primeiro nome é Henrique – e gosto dele. Podes tratar-me assim, que eu agradeço. E, já agora, sou do Partido Socialista e fui católico – mas… curei-me…

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

– Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
- E, agora, uma publicidadezita, de que te peço desculpa antecipadamente. Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não… compra-o. Não é um pedido, não é uma sugestão, não é um conselho. É uma ordem!.... hahahahahahahahahaha…
Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...

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A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.

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NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Em muitos, com ligeiras alterações que o personalizam. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»

Gabriela Rocha Martins disse...

um rasto de beleza arrastou.me ,mais uma vez ,para aqui


.
um beijo

AnaMar (pseudónimo) disse...

Espero o silêncio para escutar os acordes dessa viola de ti.

mariavento disse...

Musical, este teu poema.

As palavras que te digo disse...

Foto que lembra meu tempo por aqui, bela.Um poema de sonho!
ps:vida de professor não está bem, vejo que esteve lá pelo meu Concelho Lajes do Pico.Se votar por cá diga algo que terei tudo o prazer em recebeu a si e família.
Beijo de carinho Pedro.
Salomé

oTeMp0

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