30 de setembro de 2011

DiAnTeDoSiLêNcIo

Diante do silêncio, surge a palavra. Eterniza-se na parede mais uma vez. Como tijolo ou cimento. Num edifício que fica e tapa o mar. De um lado, a escuridão de tanta gente a passar. Do outro, um campo de sonhos plantados desde sempre. Por cima, um céu todo cobre-o e abraça-o potente. Por baixo, o estrume que faz germinar todas as sensações. Ninguém dança. Ninguém canta. Nada se mexe em tamanha velocidade que não deixa perceber o que se vai passando. Nem os gritos aflitos da besta ou o choro terrível da solidão se perde. Tudo se encontra diante do silêncio. Palavra a palavra...

1 comentário:

zmsantos disse...

Este é para guardar. Abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...