14 de setembro de 2011

cHaVe

A porta vai bater!
Como quem atira um suspiro...
O meu peito, esse, só sabe arder
Em cada segundo que, mesmo chorando, respiro.

Ficam os gritos,
Tombam os sonhos,
Cantam as aves,
Ouvem-se os cacos aflitos
Que rompem os sorrisos medonhos
No desassossego dos gestos suaves
Que talvez saibam acontecer...
A porta vai bater! 

O ramo vai partir!
Como quem morre outra vez...
O meu sangue não quer mentir
Pintado numa tela que já se desfez.

Guardam-se os passos,
Chama-se o veludo,
Carrega-se o manto da vida,
Entoam-se os poemas  dos estilhaços
Que navegam perdidos entre o nada e o tudo
E não se juntarão à deriva
Só para de novo existir...
O ramo vai partir!

Sem comentários:

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...