Serve-me o vermelho no horizonte
Pouso o meu olhar, finalmente
Já me cansa a fome defronte
E a solidão de tanta gente...
Quero tanto o meu olhar
No desassossego da liberdade
Por isso não me canso de pintar
Cada pedaço da cidade!
Sou o que quero ser assim
Como um louco à solta na vida
Que seria eu se me prendesse a mim
E deixasse a alma esquecida?
É o meu jeito, o meu grande sentir
Ser total, entre as cores do mundo inteiro
Em marés de ir e vir, de ir e vir
Como água, regando o seu canteiro...
Vou e volto, no regresso de cada viagem
E de tantas que me trazem aqui
Nunca estarei de passagem:
No pincel que na minha pele teci!
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