23 de dezembro de 2010

oMeUs0fReR


Este tempo de memórias e marés
Onde tudo dói no meu peito
Em que me desfaço a direito
Adormeço cansado a teus pés
Em lágrimas vivas, ainda quentes...
Tudo o que vês, cantas e sentes
No embalo do meu sofrer
Mãe... por favor... ensina-me a palavra morrer.

Este tempo de sangue e abraços
Onde tudo se pinta no meu leito
Em que renasço de novo e imperfeito
Entre as flores e os passos
Em grito forte, ainda moribundo
Tudo o que sei, são as cores do mundo
Na sabedoria do meu sofrer
Porque tu, mãe... ainda me ensinas a palavra morrer.

2 comentários:

Maria disse...

Nestes dias nada sei.
Até perdi a força do abraço...

Filoxera disse...

Vives um tempo de memórias e saudades
Feito de balanços e nostalgias,
Um tempo de alentos e de ansiedades
Correndo na voracidade de todos os dias
Gritas a presença que sempre reclamas
E que sentes na sombra dos teus passos
Cantas esse amor que te consome em chamas
De tempos idos, agora em estilhaços

Aprenderás, um dia, a aceitar a dor
Da separação de quem te viu nascer
E aí serás tu a ensiná-la a ver-te
Feliz por viver e por aprender
Não peças que te ensine a palavra morrer
A ela, que te deu a luz e o peito
E te ensinou a vida, e te deu um Norte
A tua mãe, que sempre te verá perfeito.

Fica bem, Pedro.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...