Brota o segundo do olhar
Junto ao lago triste de um canto
Nada fica, por enquanto
Tudo são tempestades e mar
Quando se aparta o sangue no manto
Que aquece esse doce caminhar...
Ferve terno o passado
No tempo que ainda não vem
Serve-se o choro reluzente e magoado
Da morte que do filho tirou a mãe
E nada volta a estar sossegado
No tudo que um dia ainda tem...
Sobra a flor no sonho que arde
Fervente nos braços de um qualquer amante
No vento que se perde mesmo sendo tarde
Nos passos pesados e cansados do caminhante
No medo corajoso e covarde
Dos silêncios que se gritam adiante...
1 comentário:
...uma saudade que marca, no tempo que corre, onde há um choro de luz como se presente ainda o fosse.
...há uma marca na tua poesia, que me fascina amigo!
Um abraço.
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