13 de outubro de 2013

f0dA-sE

Que o tempo me devore os poros todos da pele,
Um a um, os meus sonhos vão-se desfazendo e refazendo
Estou farto desta espera de mim
De me ter e de me ir tendo...

Que o vento me leve até ao infinito,
Canto a canto, vou sentido o calor amargo do vazio
E a minha voz aquece de tão rouca
E o meu corpo se moribunda de tão frio...

Que o verso seja vómito apenas.
Ejaculação fecundada que não vale nada,
Sirvo-me na vida a minha ceia plena de entulho
Sorvo os momentos de uma alma já cansada...

Foda-se.

1 comentário:

Unknown disse...

Ah, que explosão!
(risos)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...