14 de dezembro de 2011

BiNóCuLo

Reluz a saudade já no peito que sangra assim
Uma corrente de viagens entre o futuro e o passado
Carregada de versos que se escrevem sem fim
Pelas histórias que vão teimando em manter-me calado

Vozes de silêncios loucos que desaguam inquietações
Punhais brilhando ao sabor do desejo
São mais que muitas as palavras das canções
Na solitária embriaguez perdida num só beijo

Nada mais que a noite para o sossego do poeta
Uma morte mais na gravidez de um novo dia
Ficam-se os abraços loucos e a ternura inquieta
Para fazer nascer a dor de mais um grito que se anuncia

1 comentário:

OUTONO disse...

...o poeta nunca se amordaça, ou corrompe a vontade d'alma. Solta-se no grão do sonho, mesmo sem as vestes do devaneio...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...