30 de outubro de 2008

cHoRoFoGo


Se na saudade o meu peito se gasta
Se os caminhos pesam nos pés
Os olhos nus, vinho uva e casta
Na vindima de tudo o que para mim és
Se no silêncio tudo turva e afasta
Canto puro na respiração das marés
As mãos em sangue, sargaço concha que arrasta
As palavras por dentro do convés
Navego solto e sem receio
Em viagem eterna nada mais que importe
Volto a rir, no choro fogo por inteiro
Que me atira mais um dia para a morte

4 comentários:

Maria disse...

Se eu soubesse escrever como tu
e os trilhos me levassem a ti
rasgaria a minha alma, e a nu
deixaria meus olhos por aqui
No silêncio da noite me retiro
e no vai e vem de todas as marés
és tu, sempre tu, que eu respiro
no mar que me vem beijar os pés
Se as tuas palavras me ouvissem
e não me atirassem para a morte
talvez o choro fogo me impedisse
a viagem que faço para norte

Um beijo, Pedro
(quem ganhou?)

gabriela rocha martins disse...

assim se faz
assim se desfaz


assim fica




.
um beijo

Anónimo disse...

se eu soubesse escrever como tu sabes talvez te pudesse comentar melhor :)
no entanto a saudade é um buraco, assim o sinto :)

beijo Pedro

mariam [Maria Martins] disse...

Poeta,
Timoneiro das palavras,
Todos-os-dias
são mais um dia para a morte
mas
todos-os-dias
são vida!


bom fim-de-semana
um grande sorriso :)

mariam

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...