30 de julho de 2014

DaDoRdEmIm

Sei que existe o dia de amanhã e por isso evito ir deitar-me. Renego os meus pesadelos e esqueço os sonhos todos hoje. Aceito-me assim. No esquecimento desta lembrança bruta. Na brutalidade vermelha e lânguida de uma placenta perdida e afogada em tantos silêncios de lágrimas. Amanhã é o dia do telefonema. Hoje uma adrenalina que já não há. Procure-se a canção e o grito! Diria alguém, mais abraço. Não. Quero ficar no escuro e assim poder pintar tudo. Sei que existe o amanhã e por isso evito ir deitar-me. Porque o escuro desta noite transforma o meu leito em brasas brilhantes demais. E rapidamente regressaria ao início. Fico-me a chorar-te, mãe. Parabéns por mais um aniversário.

29 de julho de 2014

PaRt0c0nTiGo

O céu todo baixou sobre o meu espanto. Deixei-me aberto aos sussurros do caminho. No sossego mais que belo, mais que tanto. Onde pousa o meu sorriso de mansinho. Um mar de magia entrou nos meus olhos atentos. Outro suspiro contraído na mão dada. E são todos nossos estes ventos. Que é tão fértil o sabor da caminhada. A maré forte e capaz. O tempo teu, agarrado a nós. No ventre do amor e da paz. Feito rio que abraça a lágrima feroz. A flor, o lírio em aroma de eternidade. Fica o olhar, o rasgão, semente de tudo fecundar: cada pedaço de emoção e de verdade; cada verdade de te ter e de te amar.

12 de julho de 2014

aChEgAdA

Que o tempo se cumpra em amor e paz
Que o sangue corra vida e sorrisos
Que a pele seja floresta
Que a voz, o som do vento eterno.
Que o tempo sejas tu!

3 de julho de 2014

d0cEfErNaNd0

Canta, doce Fernando,
A dança mais quente de ti
Arranca sorriso fora
Embalado pela aurora
A vida de estar aqui
Balançando...
Canta, doce Fernando.

Dança, corpo de Fernando,
E canta o sabor da terra
Abraça nesse olhar castanho
Os sabores do amor tamanho
Que em todos se encerra
Balançando...
Dança, doce Fernando.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...