31 de dezembro de 2012

2013

Há um tempo dentro de nós
Que construímos no beijo mais doce
Que gritamos ao sabor dos ventos
Que deixamos viajar nas marés...
Há um tempo dentro de nós
Que me faz viver no que és!

Há um enorme sorriso nos sonhos
Dos que nos anunciam o dia junto ao verde
Dos que se abraçam ao acordar
Dos que se choram na emoção e na raiz...
Há um enorme sorriso nos sonhos
Que me faz viver e ser feliz!

Há um toque de magia no mundo
Perto de nós, partilhado no chão e nas árvores
Perto da luta de querer agarrar o futuro porque é (as)sim!
Perto da inquietação de saber a força do mar
Há um toque de magia no mundo
Que me faz viver e assim querer continuar!

26 de dezembro de 2012

ApReNdIzDeSiLêNcIoS

Ensinas-me o silêncio e eu não sei
Deixo o tempo a esvaziar...
Onde está o sorriso que te dei?
Guardado, a chorar...

Reforço-me no que não sou
Este calo que se cala assim...
Parece que tudo parou
Numa chaga que não se fecha em mim!

25 de dezembro de 2012

Ar0mA

Uma flor acordou
Bem juntinho ao meu sorriso.
Era um beijo de saudade
Que o vento me trouxe
Só para enfeitar o abraço.
Espelha o amor
E o tempo forte,
Embala-me e leva-me.

22 de dezembro de 2012

PeLoArEaLd0sSoNh0s

Rasgão nos silêncios das ondas
Sorriso deitado no areal
Não me digas nada, não me respondas
Que o penedo é um grito fatal

Aperta as cordas do teu cantar
Na força da minha mão
E navega os meus sonhos pelo mar
Como quem nina e beija uma canção

Aperta o regaço quente do amor
Pelas pegadas que ficam caídas 
Só assim sou poeta e cantor
No entrelaçar frágil das nossas vidas...

21 de dezembro de 2012

FeLiZ

Não me leves a morte numa paisagem
Deixa-me chorar à tua passagem
E ser feliz.
Cantar sempre o amor que te tenho
Abraçar de cada vez que regresso e venho
Para ser feliz.
Desfaço-me no mar que abro em ti
Aconchego mais um pedaço que parti
E fico feliz.
Por isso, amor meu
Que me cobres todo este céu
Me trazes feliz!

14 de dezembro de 2012

cHaMoArY

Para onde corre tanta gritaria, tanta revolta?
Para onde, no meio de poemas e canções
Que o povo ainda sabe de cor?
Avenidas e punhos fartos, de calos e caminhos...
Lágrimas e rugas como marcas de pele tatuadas
Nos rostos das memórias futuras...
Cegueira?
Vê-se tão pouco ao longe! 
Passos cansados e seguros juntos à tua voz
Que me enche este peito já frio
Do calor que ainda mora aqui:
Este das portas que abril abriu
No embalo fraterno da tua luta, Ary!
Para onde corre tanta gritaria, tanta revolta?
Para onde, no meio de poemas e canções
Que o povo ainda sabe de cor?
Avenidas e punhos fartos, de calos e caminhos...
Lágrimas e rugas como marcas de pele tatuadas
Nos rostos das memórias futuras...
Cegueira?
Vê-se tão pouco ao longe! 
Passos cansados e seguros juntos à tua voz
Que me enche este peito já frio
Do calor que ainda mora aqui:
Este das portas que abril abriu
No embalo fraterno da tua luta, Ary!
Para onde corre tanta gritaria, tanta revolta?
Para onde, no meio de poemas e canções
Que o povo ainda sabe de cor?
Avenidas e punhos fartos, de calos e caminhos...
Lágrimas e rugas como marcas de pele tatuadas
Nos rostos das memórias futuras...
Cegueira?
Vê-se tão pouco ao longe! 
Passos cansados e seguros juntos à tua voz
Que me enche este peito já frio
Do calor que ainda mora aqui:
Este das portas que abril abriu
No embalo fraterno da tua luta, Ary!
Para onde corre tanta gritaria, tanta revolta?
Para onde, no meio de poemas e canções
Que o povo ainda sabe de cor?
Avenidas e punhos fartos, de calos e caminhos...
Lágrimas e rugas como marcas de pele tatuadas
Nos rostos das memórias futuras...
Cegueira?
-se tão pouco ao longe
Passos cansados e seguros juntos à tua voz
Que me enche este peito já frio
Do calor que ainda mora aqui:
Este das portas que abril abriu
No embalo fraterno da tua luta, Ary! 
Para onde corre tanta gritaria, tanta revolta?
Para onde, no meio de poemas e canções
Que o povo ainda sabe de cor?
Avenidas e punhos fartos, de calos e caminhos...
Lágrimas e rugas como marcas de pele tatuadas
Nos rostos das memórias futuras...
Cegueira?
Vê-se tão pouco ao longe
Passos cansados e seguros juntos à tua voz
Que me enche este peito já frio
Do calor que ainda mora aqui:
Este das portas que abril abriu
No embalo fraterno da tua luta, Ary!

9 de dezembro de 2012

SiLêNcIoSdEnAtAl

Trago o teu nome na pele
Em lágrimas e saudades de cristal
Que me estilhaçam a alma
De cada vez que ouço os silêncios do Natal

Em frente à mesa, um xaile roto
Como que à espera do teu sábio dedal
Cheiros e cores nas gargalhadas infantis
Que me pintam os silêncios do Natal

Sei que não vens. A minha porta está aberta...
Neste tempo em que o frio aquece sem igual
Carregado das memórias e dos sonhos
Que se cantam nos silêncios do Natal

Sempre, mãe, no fogo dos meus passos
Rio de mim, sangue forte e brutal
O meu presente, no futuro que se constrói
Mesmo quando os silêncios, teimam ser Natal

8 de dezembro de 2012

hÁsEmPrEuMaMoRtEqUeNoSbAtEàPoRtA

Ensina-me a cor das estrelas
O sabor da palavra cantada
Que o horizonte da morte
É memória já cansada

Pode ser uma onda ao fim da tarde
Uma pequena lágrima, talvez
Sei-te na vigília da vida
À espera de nascer outra vez

Pode ser um abraço mais
Em tom de manto eterno e quente
Fica em paz, dorme na história
Que tudo se manterá poema e presente!

3 de dezembro de 2012

pArIsEnÓs

Fiz-me céu no regresso rasante da ternura
Na fonte que se faz rio e perdura
Nos riscos sorridentes do amor 
Nas correntes que o coração tem
Ventre fecundo desta Natureza-mãe
Que me faz teu, poeta e cantor!

Fiz-me voo eterno na voz da paixão
Nos pedaços de mim, longe no sonho, rente ao chão
No cheiro do meu braço pousado em ti
Nos abraços da noite, leito nosso aberto ao mar
Em tudo o que me faz amar-te e ficar
No tempo deste passo forte que me faz ser teu e  estar aqui!

Fiz-me tudo, tanto ao toque de cada saudade
Nos segredos de Paris, meu corpo feito cidade!
Nos frios ventos da pele ao sabor dos dias
Na cintura que aperta a elegante princesa
Nas lágrimas que nos lavam em tamanhas alegrias
E sou teu mais do que uma vez me sossegou esta certeza!

18 de novembro de 2012

aMoRaPrEnDiZ

Volta quente e sereno
Aconchegado num sorriso feliz
Este o meu caminho mais que tanto
Um amor forte, bonito e aprendiz

Canta as suas trovas no leito
No vento que muito me diz
Esta a minha voz mais que tua
Um amor forte, bonito e aprendiz

Tem uma gargalhada de mão dada
Na surpreendente curva da sua raiz
Este o meu passo mais que emoção
Um amor forte, bonito e feliz

Amar-te é assim este tom
De vida que se pinta por cima da cicatriz
Este o meu beijo-abraço pousado em manto
Um amor forte, bonito e aprendiz

Amo-te!

14 de novembro de 2012

aMoReToRrAdAs

Nosso tempo, calor e magia
Que se faz a cada saudade
Um abraço de ternura e alegria
Um sorriso de pele na eternidade

Momentos apenas, a vida inteira!
Tu és um poema em mim
Feito lágrima, silêncio e brincadeira
Coberto de um sonho que não tem fim

Canto sem parar e sem me cansar
Na escrita que faço de mãos dadas
Este é o meu beijo, o nosso mar:
Amor e torradas!

8 de novembro de 2012

p0eMaDeAm0r

Vou escrever nas paredes do céu
Desenhar o meu sorriso no mundo inteiro
Assim, cada sopro da minha respiração
Será um abraço doce em ti
Um pequeno espaço entre nós
Azul na eternidade
No florir do futuro.

Vou pintar o teu nome nas nuvens
Deixar que elas te anunciem
E eu, vigilante e envergonhado,
Suspiro que sou teu.

28 de outubro de 2012

0mEuLuGaR

Leva um toque deste cheiro até ti
Deixa-o numa onda permanente a abraçar-te
O meu lugar é este tempo daqui
O meu tempo é estar sempre a encontrar-te

Leva uma maré até ao teu leito
Aconchega-lhe os sonhos da boa hora
O meu lugar é o tesouro do teu peito
O meu tesouro é esta luz que se demora

Leva-me para junto do amor
Em cheiros de maresia e saudade
O meu lugar é querer vida sem dor
A minha vida é um poço de eternidade

23 de outubro de 2012

ViDa

Vou lançar o meu sorriso ao rio
Fechá-lo na liberdade da sua viagem
Essa, que me transborda a alma em arrepio
E planta uma flor à passagem
A tua cidade, força de jardim banhado
No perfume que da pele se exalta
E tudo é amor abençoado
Onde existo, que faz falta
Assim, 
Entre passos nossos de voo tranquilo
Sementeiras de magia feita vida
Fico em ti e não vacilo
Por isso te amo nesta medida!   

12 de outubro de 2012

eTeRn0eMpAsSaGeM

Pousei como um pássaro ferido
Junto ao regaço de um sorriso de amor
Fiz-me outra vez poeta e cantor
Acreditei que já não voava ferido

Rompi pela força da magia
Em pleno desejo em prisão pousado
E da noite se fez luz, se fez dia
No surpreendente toque renovado

Quem me quis assim de novo
Como um sonho só presente?
E me refaço, me renovo
Na liberdade de ternura quente

Paz de corpo, incenso a arder
Perfumando a viagem
Pousei em ti e em ti me fiz viver
E ficar eterno em passagem!

9 de outubro de 2012

v0zTuA

Que do meu canto nasce a morte
Na saudade que ainda hoje chora
Teima em ficar, em não ir embora
Fica, sangra e demora
Nada que eu queira ou me conforte

Por isso a minha voz crua
Feita vento e poesia
Nem anuncia o dia
Terrível agonia
Desta voz ainda tua...

7 de outubro de 2012

oMaR

Regresso na maré encantada. Maresia na pele profunda. Amores que morrem na vida moribunda. Saudades vivas em ondas na madrugada. Poeta, eu, solto entre as chagas e o vazio. Sinto arder este tempo cruel e frio E por isso aconchego as lágrimas do meu sofrer Na imensidão do mar... Só ele as sabe ter!

1 de outubro de 2012

0uSaDiA

A noite não acaba e o silêncio queima
Rasgões na memória que o tempo teima
Entre um futuro adormecido na inquietação
De um passado que me foi arrancado da mão!

Cruel o destino do assassínio assim deitado
Pela ilusão de um caminho descansado
E o que fica da felicidade? 
Essa verdade...

Rouba-se de dentro na lágrima brilhante
Por entre os passos sempre adiante
Na dor que sangra cada olhar
Tudo porque um dia te ousei amar...

29 de setembro de 2012

d0tEmPoDeMiM

No balanço de uma saudade mais que tanto, 
o meu peito flutua. 
Recordo o tempo em que o mar era meu manto. 
E se a minha voz ainda treme no seu canto
É porque ainda te choro na rua. 
Por isso baila o meu corpo rumo a um futuro deserto. 
Porque a saudade vem de longe e mora perto.

22 de setembro de 2012

m0mEnt0

Que faz a solidão dentro dos teus olhos?
Chora-me a dor que deixaste.
Que fazem os sonhos de costas voltadas?
Agasalham-me os medos.
Que faz o abandono à vida?
Cobre-a de ilusões.
E o amor?
Assassino-o de noite...

17 de setembro de 2012

cItAçÃo

As palavras que perdem o sentido no vento são como pequenas pétalas de fino papel: tremendamente belas, parecem eternas, mas acabam por morrer como uma borboleta.

9 de setembro de 2012

aFoGaMeNt0

Arrancada da pele marinheira
A vida afoga-se vazia
E a maré primeira
Cruel azia
Enche os sonhos de nada
Nem se faz à estrada
Fica no silêncio da inquietação
Como um jardim sem chão
Onde os pássaros vomitam a dor
Que um dia se chamou... Amor.

28 de agosto de 2012

mEd0

Das palavras ditas tantas e tantas
Das ternuras mágicas
Das viagens
Dos sonhos...
Tudo se desfaz ao sabor do medo.

23 de julho de 2012

tUeEu,NóSoSd0iS

Sigo os passos desta estrada
Caminheiro do amor
Canto forte cada jornada
Feita de luz e calor

Teu olhar pousado em mim
Um beijo em tom de flor
Minha voz é esse jardim
Perfumando o nosso sabor


Esta vida
É vivida
No incerto
Deste perto
Tu e eu
Nós os dois
Aconteceu
Já é depois


Acordar de tão presente
Mais um dia a nascer
É uma dança que dentro se sente
Um mundo de tanto querer

Minha pele, meu doce sentido
Que me fazes viver
Dar-te a mão no toque mais querido
Ganhar um enorme poder

Esta vida...

O futuro, o nosso abraço
Este nó que sorri
Há em tudo o que tenho e que faço
A ternura de estar aqui

Esta vida...


  


Aos meus queridos Rogério e Joana, que ontem deram mais um passo na sua bela história de vida!

16 de julho de 2012

pReSsA

  • Um dia invento uma tempestade
  • E naufrago. Desapareço.
  • E mesmo assim não sei se me esqueço...
  • Uma noite arranco a lua
  • E tudo escurece. Emudeço.
  • E mesmo assim não sei se o meu grito mereço...
  • Um dia sonho de novo que existe paz
  • E canto os momentos das promessas
  • Talvez sem pressas...

4 de julho de 2012

pAiXã0eAm0r

Nos pedaços de mim existe um rio
Que corre preso ao seu leito
Demasiadamente desfeito
Demasiadamente frio
O calor das águas afoga-se em dor
E tudo se chama paixão e amor...

Os recantos da minha casa cheiram a caminho
Às vezes na foz, outras na fonte
Inquietamente sozinho
Inquietamente a monte
Fico louco sem verso nem andor
E tudo se chama paixão e amor...

24 de junho de 2012

17 de junho de 2012

c0bErTuRa

Prendo-me a ti pela pele. O cheiro de nós.
Este rio é canção de amor que aquece na foz
Os versos que se soltam na corrente e na voz
Nas viagens que temos na mão dada.
Prendo-me a ti e não quero mais nada!

Solto-me em ti pelo toque. A dança.
Cada navegar é um momento que nos alcança
O doce aroma da ternura e da esperança
Que a nossa vida é um manto de fogo e veludo
Solto-me em ti e isso é tudo!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...