Serei poeta perdido na vida que me conduz?
Serei vagabundo dos mistérios e da paixão?
Não. Sou apenas mais uma estrela de luz
Que talvez se chame coração...
Serei a semente perdida em tudo o que pus?
Serei a ferida cansada de mais uma noite em vão?
Não. Sou apenas mais uma estrela de luz
Que talvez se chame coração...
Que talvez se chame coração...
Serei um pote de barro que nada produz?
Serei onda, vento, areal da mesmíssima solidão?
Não. Sou apenas mais uma estrela de luz
Que talvez se chame coração...
Serei onda, vento, areal da mesmíssima solidão?
Não. Sou apenas mais uma estrela de luz
Que talvez se chame coração...
Serei o risco na vida de dentro de cada nova cruz?
Serei os silêncios de mim, chagas de inquietação?
Não. Sou apenas mais uma estrela de luz
Que talvez se chame coração...
Que talvez se chame coração...
Serei a lágrima sedenta que grita e seduz?
Serei o fogo, a cinza ou o vulcão?
Não. Sou apenas mais uma estrela de luz
Que talvez se chame coração...
Nada sei de respostas que de mim tudo sangra no tempo que se reproduz
Que talvez se chame coração...
Nada sei de respostas que de mim tudo sangra no tempo que se reproduz
E por isso, certamente por isso, nada fica em vão
No tempo de ser estrela de luz
Que talvez se chame coração...