28 de novembro de 2011

aPaReDeDoSmEuSs0nHoS

Na parede dos meus sonhos o sol pinta flores. A parede dos meus sonhos é para onde fores.
Na parede dos meus sonhos o espelho é azul de mar. A parede dos meus sonhos faz-me cantar.
Na parede dos meus sonhos ouve-se a manhã que dança. A parede dos meus sonhos tudo alcança.
Na parede dos meus sonhos cada dor pode ser um rio. A parede dos meus sonhos é um abraço sem frio.
Na parede dos meus sonhos os poemas soam na sua cadência. A parede dos meus sonhos é a minha essência.
Na parede dos meus sonhos todas as histórias são contadas em pele ardente. A parede dos meus sonhos é um caminho sempre em frente.
Na parede dos meus sonhos o meu corpo adormece lento. A parede dos meus sonhos é o sopro do vento.
Na parede dos meus sonhos as viagens fazem-se de pé. A parede dos meus sonhos é!

26 de novembro de 2011

aCoRdAr

Da corrente que o meu sangue teima
O olho da leoa a espreitar...
A pele que se deixa cheirosa ao acordar
No tempo em que até um abraço queima!

Do rio na minha vida a nascer assim
No toque de sorrisos, fonte de me desaguar...
Nas manhãs de tudo se inventar:
O beijo que se deixa renovado e aberto em mim!

Do sonho feito respiração rente ao peito
Onde nascem os desejos de nunca calar
Porque essência é ter esta verdade no andar
Num futuro que me transforma e onde me deito.

23 de novembro de 2011

SuSsUrRo

No sussurro dos silêncios mora a inquietação
Rompem chagas e gritos
Que aperto na minha mão!
Lágrimas de suores aflitos
À deriva nas tempestades da paixão
Junto ao lago fundo
De perder todo o mundo...
Os meus passos, voz cansada de chamar
Corpo fraco de cantar
Carregado de um tempo por encontrar
Na corrente dos meus versos turvos que nada mais sabem que um buraco tão escuro que tudo revela no frio das suas entranhas, jaula da aflição.
No sussurro dos silêncios mora a inquietação...




21 de novembro de 2011

f0g0qUeAmA

No meio da tempestade existe a calma da minha paixão
Melodias feitas fogo e emoção
Um pouco da minha pele em brasa
Outro toque. A minha casa.
No meio da tempestade, a viagem.
O sonho embriagado de tanto querer
Um sopro que se tem, sem nunca se perder...
A mistura quente da inquietação.
Paris, cidade eterna da minha pele que queima e seduz
Em forma de vento, em tons de luz.
Que o mar é a minha voz rouca que chama.
Porque tudo é tempo e fogo que ama!

19 de novembro de 2011

fAzErAc0nTeCeR


Fazer de cada passo um sonho,
Um sorriso,
Um grito,
Algo que no peito ainda esteja por nascer...
É preciso fazer acontecer!

Fazer de cada lembrança uma força,
Um abraço,
Outro abraço,
A memória transporta o quente de nos aquecer...
É preciso fazer acontecer!

Fazer de cada sombra uma dança,
Um rosto,
Um vento que sobra,
Todas as tempestades que se saberão envolver...
É preciso fazer acontecer!

Fazer de cada árvore a tela,
A tela de vestir mundos,
O respirar bonito da fecundação!
Como um canteiro que cuidamos ao nascer..
É preciso fazer acontecer!

Fazer de cada luta a posse!
Vozes e punhos ao alto no céu,
Na revolta louca da sabedoria,
E nunca desistir deste amante viver...
É preciso fazer acontecer!



Pelo 11º aniversário da MIAU, Associação Cultural

16 de novembro de 2011

j0ã0

Qual o teu nome?
Que se desfaz no pó ao vento,
Que se entrega ao desespero,
Que foge,
Que fica,
Rápido e lento
Perdido no encalço de cada momento...

Qual o teu destino?
Que se esconde na ânsia,
Que inquieta fome...
Que procura,
Que desiste,
À deriva naquela distância
Entre a dor, o vazio e a inconstância...

Qual a tua canção?
Que gritas no silêncio dos sonhos loucos,
Que se afogam e se despedem por aí,
Que morrem,
Que existem,
No nascimento diário dos moucos
Embriagado no sabor amargo dos roucos...

Qual o teu nome, João?
Uma tatuagem cravada na pele
E que transporta todas as histórias por fazer.
Emoção. Calor e paixão
Com que me escreves as lágrimas que faço chover.

14 de novembro de 2011

pRiNcEsAd0mEuCaStEl0

Mora uma princesa no meu castelo
De sorriso que cobre o mundo inteiro
Que me beija no toque mais certeiro
Faz de mim forte cavaleiro
Para voar, cantar e até chorar...
A minha princesa tem a cor do mar!

Mora uma princesa no meu coração
De passo que pinta de cada vez que vem
Que me abraça e me salva também
Faz de mim o sumo doce do bem
Para voar, cantar e até chorar...
A minha princesa tem o cheiro do mar!

Mora uma princesa no meu sangue
Rio de água pura e transparente
Que me cobre e me transporta na corrente
Faz de mim a fome e o viver mais ardente
Para voar, cantar e até chorar...
A minha princesa tem a cor do mar!

A minha princesa,
A do meu castelo,
Do meu coração,
Do meu sangue,
Nunca está perdida
Porque o seu nome tem eternidade: Margarida!


11 de novembro de 2011

rEsPiRaÇã0qUeSeEnTrEgA

Respiração que se entrega
Na palma da mão molhada de terra...
Nenhuma flor morre ou se nega
No sangue quente que no meu peito se encerra!
A vida, solta viagem,
Às vezes é nada;
E tudo fica na sua paragem
Como um canteiro à beira da estrada.
Outras vezes é tanto!
E o mundo faz-se em sorrisos.
Por isso há gritos que são os manto
Dos dormires mais precisos.
Que o meu canto é a alma a acordar
Que as minhas lágrimas são a água de um rio que não sossega...
Essência de mim é este continuar
Nesta mágica respiração que se entrega! 

7 de novembro de 2011

v0z

Sopro de um sangue quente
Sem tempo, com tempo...
A minha voz é nunca te estar ausente
Sem tempo, com tempo...
Rasgo de rio solto na corrente
Sem tempo, com tempo...
Meu caminho é este aqui è frente
Sem tempo, com tempo...
Lágrima que queima sempre rente
Sem tempo, com tempo...
Os meus passos, gritos de gente
Sem tempo, com tempo...
No mar, de corpo forte e presente
Sem tempo, com tempo...
Em mim, cada dor se refaz semente
Sem tempo, com tempo...
Leito onde derramo suor de amor ardente
Sem tempo, com tempo...
Porque tudo sou eu neste passo crescente!



















6 de novembro de 2011

rEcAd0

Que as sombras tragam a luz dos sonhos, meu irmão! Respiro-te na essência deste rio de corrente forte. As minhas mãos apertam as palavras que trazes fechadas no peito. Os meus olhos, a ternura do teu sorriso. A minha voz, a espera dos abraços...

1 de novembro de 2011

jAuLa

Se o sol se prende
Enfeitiçado de amor
Em passos leves mas pesados
Nada mais se entende
Nem a saudade louca da dor
Nem os dias são lavados

Se a luz cega
Os corações amantes 
Por entre palavras sempre novas
Tudo regressa no futuro que desassossega
Como as estrelas dos jardins dançantes
Que embalam todas as trovas

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...