Nas voltas da morte e da paixão
Nos leitos em sangue, mantos que a saudade tece
Deixo que a minha voz se solte em suor quente.
Por isso canto a loucura que um dia me estremece
E no outro me deixa ausente...
Pelos trilhos das histórias fecundas e em flor
Por entre poemas e versos roucos de partos com dor
Gritam-se as marés de paredes caídas em tudo o que acontece
Dentro deste lagar fogo que se faz presente.
Por isso canto a loucura que um dia me estremece
E no outro me deixa ausente...
Pelos silêncios que vagabundeiam o meu sentir
Podridão que por vezes me faz cair
Labirinto dos meus olhos, em lágrimas, como uma prece
Se deixa cruel. Esperando. Simplesmente.
Por isso canto a loucura que um dia me estremece
E no outro me deixa ausente...