18 de setembro de 2014

QuEdEmImHoJe

Que dos silêncios também se fazem passos
Que dos passos, inquietação.
É tempo de lembrar beijos e abraços
É tempo de acalmar o coração...

Que das ausências outras formas de amar
Que do amor, sorrisos e feridas.
É tempo das esperas, ondas do mar
Que vão e voltam, encontradas e perdidas...

Que desta dor de ti, raiva e grito
Que de mim, vazios também assim.
É tempo de aconchegar o canto aflito
Antes que fique demasiado perto do fim...

15 de setembro de 2014

EmTiAoMoDoPoPuLaR

Trago uma flor no peito
E no peito sou feito de ti.
Olho para a frente da vida
E na vida há tanto que já perdi.

Canto o amor das esquinas
E nas esquinas escrevo a eito.
Em tudo o que tens e me fascinas
Trago uma flor no peito.

Choro memórias e mortes
E nas mortes não adormeci.
Porque vou cantando as minhas sortes
E no peito sou feito de ti.

Danço os caminhos também a rir
E a rir vou tendo a conta medida
Do tanto que soube existir
Olho para a frente da vida.

Vou de frente ao medo e à solidão
Por tudo o que já sofri
Quero-me entre o fogo e o clarão
E na vida há tanto que perdi.

10 de setembro de 2014

p0rMiMePoRtI

Percorre-me o desassossego da solidão
Pelos caminhos da larga estrada
Talvez sejas só um sopro na caminhada
Sempre no desencontro da partida e da chegada
Onde nunca adormece o calor da minha mão...

Percorre-me o silêncio de tanto estar aqui
Em direção ao mar, ao bendito e eterno mar!
Talvez consiga um dia descansar
Desta imensa forma de andar
Onde me perco em mim, por mim e por ti...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...