Na rouquidão da minha voz inquieta
Vagueio e embriago-me por entre as palavras que peço
Só para nunca deixar de ser poeta
Navego inseguro e rente ao precipício da memória
Por entre lágrimas, amores e fogos que não meço
Calo-me pelos gritos enlouquecidos da história
Que me consome entre o partir e o regresso
Em frente ao espelho da dor
Por dentro da pele suada
Em cantos que ainda não sei de cor
Em voos de querer tudo e nada