31 de janeiro de 2008

27 de janeiro de 2008

sEmTíTuLo


Podíamos inventar infinitas palavras que o amor será sempre maior!

















10 de Dezembro de 2006

rIc0cHeTe

Pintam-se os caminhos e alimentam-se as distâncias
As almas apaixonadas mergulham-se em palavras e cores e formas e sons e mistérios e segredos e labirintos e vertigens e... perdem-se.
Sim. As almas apaixonadas perdem-se. Por tudo o que são, em passos incertos e na inquietação permanente dos sonhos.
Sim. Dos sonhos. Que sempre que um homem sonha as vozes do sangue se elevam ao mais elevado cume da sua saudade. Em correntes fortes de gritos que ecoam.
Sim. Ecoam. Em nós. Nos caminhos pintados. Em sonhos ecoantes.

24 de janeiro de 2008

EnTeS

Transparentemente límpido no pousio de uma ternura acesa. Serenamente reflectido na imensidão de caminhos sem destino. Acauteladamente passo a passo por entre a cor da incerteza. Cintilantemente perdido entre o homem e o menino.

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Perigosamente esvoaçante no regaço da corrente. Apalavradamente cheio na poesia brutal de todos os dias. Apaixonadamente entregue ao canto e ao sol poente. Dormentemente desperto no murmúrio das ventanias.
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Frontalmente abandonado ao sabor dos tempos e da memória.
Assustadamente dançante pela loucura do tudo. Fortemente levantado à inquietação da história. Prudentemente perdido nas florestas do grito mudo.



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Aqui...












21 de janeiro de 2008

pAsSaDa

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Tive de fechar os olhos para verPendurar-me em cada pedaço da memóriaSentar-me bem por dentro da históriaOnde tudo acontece mesmo quando não está a acontecerTive de procurar outra vez e outra e mais uma vezCalar-me em gritos vadios e soltos eternamenteAconchegar-me nas palavras de sabor doce e quenteOnde tudo é para sempre mesmo que seja talvezTive de possuir todos os silêncios de mimRiscar as imagens, os ruídos, as solidões transbordantesPedir-te, por favor, deixa-me pertencer ao mundo dos poetas errantesOnde tudo é floresta, estrada, precipício e jardim
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20 de janeiro de 2008

tAnGo

Atiro o casaco ao chão. Com força. E delicadeza também. Mas atiro-o! Depois deixo-o pousado a olhar para mim. Quem sabe a perguntar porque o atirei ao chão. Não me importo. Quero lá saber MESMO. Os casacos não pensam... Que mal me poderia acontecer? Nunca mais ser vestido por mim? Recusar-se aquecer-me? Demitir-se da sua função de adorno (Como me fica bem este casaco!)? O facto é que o atirei ao chão e não me arrependo. Até fica bem. Ali, junto ao mármore claro... Digam lá: não fica? Pois claro que fica. Assim. Atirado. Pousado seria melhor? Talvez. Não me apetece pensar nisso. Foi lindo o gesto em forma de tango ao sol ardente da tarde de tirar o casaco e prostrá-lo assim no frio mármore. E os meus cabelos agora mais longos também desejaram tangar. E a minha língua girar em beijos vadios. Os meus olhos em vertigens arrepiantes. As minhas mãos em acordes desconcertantes. A minha voz em gritos de merlo. O meu corpo angustiadamente contorcido na sedução do bailar do gesto. O simples gesto de atirar o casaco ao chão. Para de novo o amar.

18 de janeiro de 2008

MeL

Não me peças as palavras de novo
Deixa-me no voo rasante por entre cada olhar
Encosta-me ao sabor de um manto forte e quente
Que só na ternura desse poiso saberei descansar

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Não me meças a alma por entre os versos
Olha-me, simplesmente. Nem precisas chorar
Sei bem que o infinito está dentro de nós
Sempre que o conseguimos encontrar

16 de janeiro de 2008

AuMaSóCoR

Piso no chão que treme cada lágrima desta luta
Viro-me para o alto de todas as viagens
Rasgo o tempo, na penumbra de todas as passagens
Para que fique, mesmo por instantes, à escuta...


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Sei da liberdade dos olhares brilhantes?
Das mãos quentes que chamam em rodopio?
Das margens loucas da corrente sempre em rio?
Do lugar de mim, junto dos poetas errantes...


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Um respirar é mais uma ferida em mim
Que me traz o sabor de mais querer
Porque se soubesse me fazia eu jardim
Só para ficar unido, e sempre renascer!

14 de janeiro de 2008

EsTiLhAç0s

No meu tempo me perco sem o conhecer ou dominar sequer.
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21 Novembro 2007

CaLo

Vou correr. Sim. Saltar e correr. Gritar. Anunciar-me numa nova rouquidão. Um eterno cansaço. Vou correr. Sim. Sobrevoar-me sem me ver. Sem nunca mais me ver. Sem ver nada nem ninguém. Correr. Sempre em frente. Em direcção ao vazio. Deixar as nuvens entrar-me no rosto. Mergulhar-me as lágrimas e inundar todas as palavras. Mais as que nos unem e as que nos afastam e as que nos abismam e as que nos intrigam e as que nos magoam e as que nos limpam e as que nos percorrem e... Vou correr. Corresponder-me num outro precipício. Em vertigem. Talvez sem palavras. Talvez sem mim. Até a saudade me trazer de volta e outra vez morrer de amor.

13 de janeiro de 2008

aNtE


Quem me prende no peito esta prisão----Imobilizadamente por entre cada nó deste amor---Para depois, talvez em corrente ou paredão---Tudo se desfazer com pedaços de dor---Quem me denuncia na alma esta ternura---Rastejantemente pelos labirintos de cada nó deste amor---Para depois, talvez em tempestade feita ar e candura---Tudo se refazer com pedaços de dor---


Pedaço a pedaço.


Dor a dor.


12 de janeiro de 2008

rEnTe


Fico. Perto de ti. Na margem da tua corrente. Adormeço. Junto à solidão. Na paz de quem se sente. Calo. Abraço o horizonte na janela aberta à tua frente. Sinto. O enorme poema de tudo o que de frio se faz quente. Beijo. O longo caminho entre o futuro e o presente.

10 de janeiro de 2008

Ec0oUs0lIdÃo?


Será que no vento cabem os nossos gritos?










21 de Dezembro 2006

aEiTo


Saberei eu da paz? Da inquietação de remar remar remar remar... Ver o horizonte longo à minha frente sem parar. Montanhas e prados de olhares perdidos procurados desejados despejados carregados... Saberei eu de tanto caminho? Do eterno contorno do desejo desejo desejo desejo... Receber cada dor no peito quente ardente paciente presente ausente... Saberei eu de mim? Do leito corrente da margem foz nascente em que me deito desfeito imperfeito refeito a eito!

9 de janeiro de 2008

pAi


Volto-me perto de andar longe. Na volta de estar parado. Em caminhadas pelo mar dentro. Adentro de paixão e dor. Em cores de desfazer e refazer mantos de fogueiras. Volto-me de novo outra vez novamente sempre. Para ser eu a ver-me...

7 de janeiro de 2008

EmTiEmNóS

Fio de cores. Nas minhas mãos. Pousados.
Soltos por entre os dedos em direcção a ti.
Entrelaçados por entre o sonho de um rio corrente e um futuro presente.
Embriagados no nosso leito sempre tão desfeito...
Agarro as cores. Nas minhas mãos. À tua espera.
Na ventania de cada momento sem ti.
Como quem desespera sem poder gritar e se faz mar.
Na penumbra da Primavera onde tudo de novo vai voltar...
Solto as cores na brisa. Por nós.
Caminho-me em direcção a mais uma vertigem, mais uma foz.
Sento-me e deito-me perante cada momento. Às voltas. Por entre os nós...

6 de janeiro de 2008

sÓoSsEgUnDoS...

Em cada segundo, de novo, o parto. O parto de nascermos à luz de uma nova luta. Ou das mesmas... O parto de irmos de encontro aos nossos companheiros. Ou a nós mesmos... Em cada segundo, um novo poema ou hino eterno. Eternamente nas memórias dos calos que nos afagam o rosto. Eternamente nos reflexos que os nossos olhos nos devolvem. Em cada segundo, outra vez nós. Nós de ficarmos juntos, caminhando em direcção à liberdade. Nós de nos deixarmos envolver. Nós...
Só os segundos valem a pena se nós formos partos e eternos.

5 de janeiro de 2008

4 de janeiro de 2008

SaLt0

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Gostava de encontrar um cavalo que me levasse até dentro de um conto de fadas. Só um bocadinho... para sentir o perfume e o calor das suas cores.. para respirar o ar dos sonhos; dos tempos... para me deixar contemplativamente às voltas de todas as suas personagens... sem ser visto... só para ver e cheirar... caminhar por entre todos os enredos... nunca ter medo do medo porque sei o que vai acontecer... apenas para ficar... por um momento só. Para depois ao voltar poder dizer que consegui!

3 de janeiro de 2008

Am0r

Corre-me o sangue no peito
Das teias de paixões e desertos
Aconchego-me ferido e desfeito
Onde todos os longes são pertos
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Navego-me nas melodias das ondas na areia
Das ventanias e brisas de mim
Mesmo cá dentro, muito cá dentro, no fundo da nossa teia
Saberemos fazer de cada silêncio um jardim

2 de janeiro de 2008

sEgUiReMoS

Seguiremos adiante pelos caminhos trilhados ou por trilhar. Saberemos das direcções dos afectos; dos labirintos e das vertigens; das ondas que banham as almas nos areais dos sonhos; das secretas paisagens nos olhares pintadas; das perdidas palavras que irão desaguar em nós; outra vez. Seguiremos em frente. Em frente em direcção a nós!

1 de janeiro de 2008

PeReGrInAçÃoDeMiM

Calam-se-me os passos deste ano
Os gritos fortes das vertigens
As canções de todos os tempos
Os labirintos fernéticos da crueldade
As palavras mendigadas dentro de mim
Os perfumes da saudade
As mortes carpideiras da solidão
Os termores e tremores e tremores e tremores
Calam-se-me os passos deste ano
Pousados em todas as janelas
Cansados nos sorrisos e lágrimas
Demasiadamente perdidos nos itinerários
Sugados no sufoco das paisagens
Embriagado de ser e ser e ser e ser e ser
Calam-se-me os passos deste ano...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...