23 de maio de 2015

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Não me cumpre a vida. Talvez uma minúscula poeira à espera de voar. Vivo nas margens de mim próprio e dos outros. Um dia "hei-de-me" perdoar...
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16 de maio de 2015

sAnGuEeViDa

Das flores do tempo, um sorriso
Das histórias todas, a vida
Eu e nós, num abraço conciso
Neste sangue onde ninguém se duvida

Cada passo, uma gargalhada mais
Mesmo em lágrima surgida
Entre o hoje, se vens ou se vais
E nós, o sangue da minha vida

Cada ausência, um aqui estar
Eterno regresso, em flor colhida
Deste feliz abraço, um dançar
Brilho e sangue da minha vida

Não me perco na imensidão
De todas as dores ou desventuras
A minha vida, sangue no teu coração
O meu peito, fonte de amizades puras

11 de maio de 2015

DeUmAaLmA

Foi nas margens da amargura
Que encontrei o teu fado
Um enorme grito abençoado
Feito da tua alma mais pura
Foto de Mário Almeida

Sinto-te nesse sorriso que dura
Na corrente do teu cantar
E de novo te vejo passar
Nas margens da (tua) amargura

Quando por vezes já cansado
Por dentro do que não se vê
Se procura então o que se lê
Encontro (assim) o teu fado

Deixo-me então desse lado
Como quem adormece por fim
De um anor que há em mim
Um enorme grito abençoado

É por isso, amiga de tanta candura
Que te chamo para a eternidade
No teu desejo de vida e verdade
Feito da tua alma mais pura







5 de maio de 2015

sAuDaDeMaRiA

Belas as flores que nos cobrem este fado
Altas as vozes dentro dos dias quentes
Regresso sempre aos versos presentes
Sempre que me deixo adormecer no passado...

Cheirosas e únicas, no encalço de um vento puro
Como quem grita forte o tempo a passar
Regresso sempre na embriaguez de mim e volto a chorar...
Quando me perco nos labirintos do sonho e do futuro

Hei-de agarrar o fio daquela história de amor
Onde o beijo é o fruto mais doce da eternidade
Regressarei para te ouvir sussurrar a alegria e a aMizade
 A cada passo onde me invento novamente poeta e cantor...

Sei-te, soube-te e quem sAbe um dia te sabeRei
Já cantei o teu nome vezes sem conta, em enorme comunhão
Por Isso regresso-me nas ausências do teu coração
CArregado deste abraço que tanto abracei...

4 de maio de 2015

LáDoCiMoDeMiM

Lá no cimo de mim
Vejo
O poema e o amor
A maré e o chão
Os escondidos amantes.
Lá no cimo de mim
Já nada é como dantes.

Lá no cimo de mim
Vejo
Outra noite e o passo
A relva e a nuvem
As mentiras verdadeiras.
Lá no cimo de mim
Já larguei das canseiras.

Lá no cimo de mim
Vejo
Cada sonho, o vento!
O desejo e a cachaça
As labirínticas falésias e o escudo.
Lá no cimo de mim
Já perdi. Tudo.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...