14 de agosto de 2015

LeItOdEd0r

Já o leito é berço de dor
Já o tempo, um vulcão
Cada segundo, arde o coração
De me perder por dentro, em amor

Fico fraco, pesado amante
Sem o sorriso do futuro
Sonho o toque do vento puro
Nesta rouquidão que trago errante

Até quando, o cansaço?
O longo trago de ser assim
O corpo, que morre em mim
Neste caminhar, neste traço...

11 de agosto de 2015

QuEmDeRa

Foi no jardim dos canteiros em flor
Que se perdeu o meu passo
Onde desaguei o cansaço
Tudo o que tenho e traço
Em verso quente que transpira amor

Fugi tanto tanto que mal sei
Os caminhos que fiz
Se choro ou sou feliz
Até morri por um triz
Tudo o que grito e cantei

Quero o sossego das águas transparentes
Numa calma de ternura e mão
No toque forte do coração
Que sabe demais o sim e o não
O refúgio perdido dos lugares errantes 

Um dia, na planície serena da espera
Na cabana limpa de luz
No conto que sempre seduz
Nos corpos nossos, nus
Quem dera, quem dera...

10 de agosto de 2015

qUaLqUeRdIa

Qualquer dia talvez seja amanhã
Quem sabe, um outro rio corresse
Na perdição que me consome em cada manhã
De um sonho onde tudo se perdesse
Qualquer dia talvez seja hoje até
Num outro caminho, grito enfim
Das noites que são a garganta de tudo o que é
De tudo o que começa e tem um fim
Qualquer dia, na morte talvez
Na encruzilhada que me assalta em turbilhão
Como se vai, chegando a sua vez
Como fica, em modo inquietação

6 de agosto de 2015

aRrUmAçÃo

O corpo cansava-lhe em pesadas lágrimas de tempo. Custa arrumar os papéis. No entanto, decidido, o pequeno vagabundo desejou não pertencer a lado nenhum.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...