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Amanhece no meu coração
Rompe-se a madrugada no meu peito
Rompe-se a madrugada no meu peito
Ando descalço, frio pelo chão
Onde encontro tudo vazio e desfeito
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Fujo das plantas e do vento
Nas janelas abertas de mim
Sou tão pesado que às vezes nem aguento
Mais um sopro, uma palavra de cetim
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Agasalho-me às vezes no manto
De retalhos e retalhos de todos nós
Para de novo acordar de espanto
Desatando e refazendo todos os nós
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