Recordo o tempo em que a minha voz se levantava em direcção às mãos. Tocava suave no dedilhar da viola e pedia que cantasse. Que deixasse no vento a Charamba ou que da Lira se fizesse mar. Recordo o tempo em que um simples olhar me bastava para cantar. Para o desejo de cantar. Lembro-me dos rios saídos de ti a cada rouquidão do Sol que nascia sempre na nossa noite. E foi sempre assim. Com os Açores perto demais de tão longe que era... Para hoje se poder recordar em torno de mais uma fogueira cheia de mãos e olhares atentos. Recordo-vos nesse tempo que espero outra vez... Para poder atingir de novo a foz da existência na corrente de voltar a nascer. Cantemos!
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Estarei no Largo do Carmo na noite de 24 de Abril. Para elevar a minha voz de tanto cravo estragado por aí. Voltarei, então. Cantemos!______________________________________
7 comentários:
hoje fiz um texto que me pediu uma melodia e não a sei fazer
pediu-me uma voz
pediu-me que fosse cantada, entoada
e vim aqui
e ouvi quem o podia fazer
um beijo para ti
A uma só voz...
Bjo*
Que a Voz nunca te enrouqueça, Pedro.
Nem no dia 24 nem antes nem depois.
Para poderes cantar, sempre, para sempre.
Sei que um simples olhar ainda te faz cantar....
Lá estaremos, com um beijo, Pedro
o que me deu para cantar!
menina dos olhos tristes...
o que tanto a faz chorar?
...
hum hum hum hum ...
menina de olhos cansados
porque a fadiga o tear...
vou pensar em ti nessa noite, beijo
levanta a voz, fecha os olhos e canta, a seguir todos os cravos voltam a nascer... eles merecem, nós merecemos...
Beijos Pedro
Pois é Pedro.
Eu ainda hoje me lembro,
Da noite,
Em que a tua voz,
Se elevou em direcção às tuas mãos,
Que tocavam no dedilhar da viola!
Ainda me lembro!
Aquele Abraço!
Querido Pedro,
Hoje calou-se uma voz que não cantava mas influiu os nossos cantos.
Hoje morreu um homem que tropeçava na utopia e dela fazia caminho de caminhar.
Hoje morreu um Amigo.
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