Molham-se-me os dedos no silêncio do meu gritoNa agonia turva do olhar cansadoRegresso-me todos os dias em navegar aflitoSem saber se estou perdido ou encontradoRisco-me as palavras em folhas em branco demasiadamente pesadasNa respiração da vida, que afinal, existe em mimSomo e multplico por aí todas as caminhadasPorque sei que só caminhando nunca chegarei ao fimCanto-me em profundas cataratas de encher a almaRente ao sufoco rasgado do futuroQuero regressar ao areal da maré calmaOnde adormeço, sonho e me seguro!
17 de outubro de 2008
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oTeMp0
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12 comentários:
Molham-se-me os olhos quando leio algumas das tuas palavras...
Sabes que este poema me diz tanto?
Porque querias o dia bonito, e foi, porque querias a casa cheia, e esteve.
Porque queres tanto de quase tudo, e tens. Ou terás...
Só não sei onde está o areal da tua maré calma...
Um beijo, Pedro
Depois do comentário da Maria, fica dificil acrescentar algo, apenas que és a tal "inquietude" por dentro e a felicidade por fora...
Um beijo, Pedro!
e um abraço...
Pedro,
que poema!
de sentires de poeta e Homem e outra vez poeta...
e, que esse areal da maré calma, seja mesmo um 'porto d'abrigo'...
grande abraço
e um sorriso, daqueles, em que os olhos ficam brilhantes :)
mariam
Se isto não é serendipidade... é concerteza criatividade.
Une-se-me o olhar nestas palavras, encanta-se-me a alma nelas, discorro-me nelas.
Cativa. Fiquei cativa (no sentido de Exupéry)
Um beijo
Mais um daqueles...arrepiante!E nada mais digo.
Beijos Pedro
Salpicos de nós!
um bjo
molho os sonhos nas palavras que ofereces
beijos
Molham-se-me os olhos no silêncio do teu grito...
Onde fica esse areal de maré calma?
Esse lugar onde nos podemos abrigar das tempestades, serenamente adormecer e de novo acordar...
...para voltar a sonhar...
Um beijo Pedro
e
Bom fim-de-semana
A ilha lá não esteve mas aqui está.Belissimo poema.Uma ilha
Pedro,
deixo-lhe um olá
um voto de bom-fim-de-semana e melhor semana
uma castanhazita assada (é tempo delas!)
e
um sorriso :)
mariam
Que nunca pares de caminhar. E de cantar.
Que esse canto seja o conforto de quem regressa e se encontra...e segura.
Abreijos
"Porque sei que só caminhando nunca chegarei ao fim".
A tua poesia sempre cheia de imagens fortes.
Beijinhos, Pedro
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