Não morrerei de madrugada
Talvez no mar
Deixarei minha voz calada
Só para nunca mais me calar
Não comerei à tua mesa
Talvez a fome
Cantarei então de novo tua beleza
Inscrita em cada letra do teu nome
Não verto mais lágrimas no teu caminho
Que os teus pés me sugam os odores
Parto no cais de andar sempre sozinho
Acompanhado por muitos sonos, demasiados amores
Sendo assim, paisagem, queda-te por mim
Agarra-te à memória e a tudo o que me dás
E de novo, transforma cada pedra num jardim
Onde a cada guerra possamos beber de novo a paz
Não morrerei nem comerei
Viverei a terra que me floresce
Nas palavras que nunca encontrei
Em tudo o que de dentro me cresce
Poeta? Pode ser, nas entrelinhas do nada
No jogo poderoso e improvável de cada verso
E assim, outra vez, à noite ou de madrugada
Tudo se transforma no seu próprio inverso
Por quem, afinal, tanta dor?
O silêncio do mar não existe
O poder da mesa no seu esplendor
Na corrente de tudo o que é mais que triste
Talvez no mar
Deixarei minha voz calada
Só para nunca mais me calar
Não comerei à tua mesa
Talvez a fome
Cantarei então de novo tua beleza
Inscrita em cada letra do teu nome
Não verto mais lágrimas no teu caminho
Que os teus pés me sugam os odores
Parto no cais de andar sempre sozinho
Acompanhado por muitos sonos, demasiados amores
Sendo assim, paisagem, queda-te por mim
Agarra-te à memória e a tudo o que me dás
E de novo, transforma cada pedra num jardim
Onde a cada guerra possamos beber de novo a paz
Não morrerei nem comerei
Viverei a terra que me floresce
Nas palavras que nunca encontrei
Em tudo o que de dentro me cresce
Poeta? Pode ser, nas entrelinhas do nada
No jogo poderoso e improvável de cada verso
E assim, outra vez, à noite ou de madrugada
Tudo se transforma no seu próprio inverso
Por quem, afinal, tanta dor?
O silêncio do mar não existe
O poder da mesa no seu esplendor
Na corrente de tudo o que é mais que triste
9 comentários:
Fiquei sem palavras...
beijo
Bom dia Pedro
Os meus sinceros parabéns. Este teu post deixou-me sem saber o que dizer.
Um dos mais bonitos que já li aqui.
Estás inspirado, isso é bom.
Beijo Silencioso
eu responderia que sim...
um beijo
Este poema está absolutamente magnífico. Já o li 3 vezes e a cada vez o sinto mais. Parabéns.
Beijo
Simplesmente magnifico, Poeta!
Feliz dia Mundial da Musica!~
bjinhos
talvez no mar
talvez a fome
alma e mãos de poeta
olhos e imagens de poesia
Demasiados amores?
Demasiado bonito...
beijo
Assim as palavras nos unem...
Beijos*
Arrancadas de ti, as palavras...
Um beijo, Pedro
Maria
«Parto no cais de andar...
Viverei a terra que me floresce...
Em tudo o que de dentro me cresce...
O silêncio do mar não existe...»
Porque não consigo não ficar tocada pela sensibilidade do que me chega à alma.
Porque gosto do que escreves, do que dizes e como o comunicas, venho aqui como se há fonte fosse beber quando a sede está no limite.
Beijinho.
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