Se na saudade o meu peito se gasta
Se os caminhos pesam nos pés
Os olhos nus, vinho uva e casta
Na vindima de tudo o que para mim és
Se no silêncio tudo turva e afasta
Canto puro na respiração das marés
As mãos em sangue, sargaço concha que arrasta
As palavras por dentro do convés
Navego solto e sem receio
Em viagem eterna nada mais que importe
Volto a rir, no choro fogo por inteiro
Que me atira mais um dia para a morte
4 comentários:
Se eu soubesse escrever como tu
e os trilhos me levassem a ti
rasgaria a minha alma, e a nu
deixaria meus olhos por aqui
No silêncio da noite me retiro
e no vai e vem de todas as marés
és tu, sempre tu, que eu respiro
no mar que me vem beijar os pés
Se as tuas palavras me ouvissem
e não me atirassem para a morte
talvez o choro fogo me impedisse
a viagem que faço para norte
Um beijo, Pedro
(quem ganhou?)
assim se faz
assim se desfaz
assim fica
.
um beijo
se eu soubesse escrever como tu sabes talvez te pudesse comentar melhor :)
no entanto a saudade é um buraco, assim o sinto :)
beijo Pedro
Poeta,
Timoneiro das palavras,
Todos-os-dias
são mais um dia para a morte
mas
todos-os-dias
são vida!
bom fim-de-semana
um grande sorriso :)
mariam
Enviar um comentário