6 de maio de 2010

nÃoSeI


Não sei se sei caminhar pelo fogo do vento.
Que de tantos passos me morrem as mãos.
Uma dor, uma curva, um tormento.
Sempre e sempre às voltas por mim, sem cessar.
Não sei se sei caminhar...
.
Não sei se sei da embriaguez das saudades.
Que de tantos gritos feitos lágrimas me dói a pele quente.
Um toque, um sonho, um desassossegar este em que ardes.
Sempre e sempre a cada verso que se desfez.
Não sei se sei da embriaguez...
.
Não sei se sei deste tremor por entre as margens de mim.
Que de tantos silêncios o meu corpo se revolta.
Um salto, uma flor, quem sabe um jardim.
Sempre e sempre por dentro mesmo quando cai.
Não sei se sei deste tremor, se fica ou se vai...

3 comentários:

M(im) disse...

Não sei se sabes o rumo das tuas palavras quando as libertas.
Assim, profundas e soltas.

Lindo

Maria disse...

Sei dos caminhos enviezados da vida
que lentamente se desfazem no mar
dos dias sim da alegria vivida
dos dias não que teimam em não cessar
Mas já não sei dos dias do verbo amar

Sei dos escolhos que a vida nos oferece
que lentamente se desfazem no mar
das ausências que a solidão tece
e das certezas que nos fazem sonhar
Mas já não sei dos dias do verbo amar

Sei das noites amargas sem o toque da pele
que lentamente se desfazem no mar
dos corpos cansados de amor e de mel
e das lágrimas que saltam do meu olhar
Porque já não sei dos dias do verbo amar.

zmsantos disse...

Beijo grande, aos dois.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...