23 de maio de 2010

c0m0sEf0sSePoSsÍvEl...


Qualquer dia arranco-te o grito do peito. Desfaço-o aos bocados e enrolo-o num papel dentro de um frasco lançado ao mar com a seguinte inscrição: Aqui acaba o sofrimento de um homem bom. A quem o encontrar, pede-se o favor de o manter longe da terra. Que o devolva ao mar para que um dia este o engula definitivamente. Os peixes saberão suportar a ressonância das águas. As algas conseguirão manter o seu movimento dançante nas profundezas. Os búzios e as pedras continuarão a dar à praia ao sabor das ondas... O mar é capaz de fazer da tua dor tempestade e calmaria. Por isso, meu amigo, prepara-te que te quero arrancar esse grito um dia!

3 comentários:

Maria disse...

Que esse dia seja breve!

Beijo-te.

zmsantos disse...

Fechei-me na caixa do relógio.
à espera do meu tempo.
à espera do mau tempo.
o grito continua no peito. E na cabeça, só o tic-tac dum tempo que não tenho.

Abraço.

vieira calado disse...

Não conhecia o blog.

Temos poeta!

Um abraço

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...