Qualquer dia arranco-te o grito do peito. Desfaço-o aos bocados e enrolo-o num papel dentro de um frasco lançado ao mar com a seguinte inscrição: Aqui acaba o sofrimento de um homem bom. A quem o encontrar, pede-se o favor de o manter longe da terra. Que o devolva ao mar para que um dia este o engula definitivamente. Os peixes saberão suportar a ressonância das águas. As algas conseguirão manter o seu movimento dançante nas profundezas. Os búzios e as pedras continuarão a dar à praia ao sabor das ondas... O mar é capaz de fazer da tua dor tempestade e calmaria. Por isso, meu amigo, prepara-te que te quero arrancar esse grito um dia!
3 comentários:
Que esse dia seja breve!
Beijo-te.
Fechei-me na caixa do relógio.
à espera do meu tempo.
à espera do mau tempo.
o grito continua no peito. E na cabeça, só o tic-tac dum tempo que não tenho.
Abraço.
Não conhecia o blog.
Temos poeta!
Um abraço
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