17 de abril de 2012

aMiM

Abre-me a solidão no teu abraço.Só um...Perco-me nas telas dos dias soltosOnde todos os voos se fundemPara me deixar preso e não ficar com nenhum.Abraça-me na lágrima que chora.Só uma vez...Rastejo na minha ausênciaSem destino nem saborQue da memória se guarda apenas o que não se fez...Rasga-me a vida que da morte levo tanto.Tempo de silêncios e janelas brancasOnde se pintam os sonhosEm versos que me cobrem como manto...Partirei no sentido inverso de mim?Vagabundo de sorriso perdidoGrito que se dá mesmo caladoPara depois correr num mar assim...Não me carregues. Ama-me. A mim.

2 comentários:

Maria disse...

Dá-me um abraço na minha solidão. Bebe-me a água que escorre do meu olhar. Rasga-me a morte que da vida levo tanto. Que é já tempo de quebrar o encanto. Como se fosse fácil retomar o caminhar. Em direcção a ti e à minha inquietação.

Anónimo disse...

olá pedro.
ler-te é sempre um desafio.
"não me carregues. ama-me. a mim" esta frase arrepiou-me. Desejo que te amem muito a TI.
beijo
M.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...