4 de maio de 2013

nÃoSeReI

Não serei mais do que uma migalha no infinito
Uma espécie de canção, de grito
Carregada de um chamar aflito
Talvez atrás de um sorriso bonito
Que simplesmente se deixe ficar...

Não serei tamanha fome e desejo
Solto e preso em cada beijo
Mesmo quando não te vejo
Mesmo quando não te protejo
Coração que só sabe ser se amar...

Não serei caminho nem chegada
Pó que se fica em manto na estrada
Cobrindo esta fome pobre e cansada
De tanta inquietação fustigada
Pelo toque do sangue a jorrar...

Não serei poeta ou cantor
Só porque existe dor ou amor
Na minha pele cheia deste calor
Que me percorre ao teu sabor
Pedaço a pedaço, sem se calar...

1 comentário:

OUTONO disse...

...na escrita a vermelho, pula o sangue da tua lavra, fome ou sede...pouco importa, porque a poesia é maior!

Abraço!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...