30 de julho de 2014

DaDoRdEmIm

Sei que existe o dia de amanhã e por isso evito ir deitar-me. Renego os meus pesadelos e esqueço os sonhos todos hoje. Aceito-me assim. No esquecimento desta lembrança bruta. Na brutalidade vermelha e lânguida de uma placenta perdida e afogada em tantos silêncios de lágrimas. Amanhã é o dia do telefonema. Hoje uma adrenalina que já não há. Procure-se a canção e o grito! Diria alguém, mais abraço. Não. Quero ficar no escuro e assim poder pintar tudo. Sei que existe o amanhã e por isso evito ir deitar-me. Porque o escuro desta noite transforma o meu leito em brasas brilhantes demais. E rapidamente regressaria ao início. Fico-me a chorar-te, mãe. Parabéns por mais um aniversário.

2 comentários:

Maria disse...

Abraço-te, muito.

Leandro Luz disse...

Legal, adorei o blog.
Voltarei mais vezes!
Abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...