10 de outubro de 2014

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Os poemas não chegam.
Não carregam os cheiros ou os beijos
Não fazem cócegas na barriga
Nem entopem as palavras de sorrisos em florestas de fantasias...
Os poemas não me chegam para os cantos dos dias.

As promessas não servem.
Não sussurram o nosso nome ou gritam liberdade
Não constroem canteiros
Nem mesmo aconchegam o frio de tanto frio que às vezes passa...
As promessas não servem para acalmar a saudade que em sempre me abraça.

Os sonhos não morrem.
Não se apagam em memórias outras ou pedaços de nada
Não fogem
Nem se escondem em carnavais de presentes vazios de tanto...
Os sonhos não morrem e é por isso que ainda estou e assim canto.

E de pergunta em pergunta...

De poema em poema
De promessa em promessa
De sonho em sonho

Há um mar de tempestades e outros jardins a inventar
Porque cada pergunta, na sua inquietação máxima, vive nas respostas por dar.

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