29 de novembro de 2014

oSaBoRd0nAdA

Leva-me no calor da tua viagem. Pode ser pequenina. Mas leva-me. As pedras da calçada estão demasiadamente frias e as nuvens sabem sempre a espuma. Leva-me por entre os sorrisos do mundo na tua viagem. Pode ser secreta. As palavras do tempo estão cruelmente isoladas por entre solidões moribundas. Leva-me a ver as flores. A cheirar os olhares apaixonados. As minhas mãos estão a ficar podres de tanta surdez. O meu canto anda esquecido ao sabor do nada.

2 comentários:

Maria disse...

Quando um poeta escreve assim, como tu neste poema, o mundo nao sorri. Sente-se perdido na tristeza do teu canto.

Abraco-te.

Unknown disse...

"O meu canto anda esquecido ao sabor do nada". As tuas palavras dizem muito.

oTeMp0

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