19 de novembro de 2007

c0rReNtEàSoLtA

Percorro as margens do rio em paz
Sei-te corrente serena e decidida
Seja por ti, por cada lágrima perdida
Onde germina tudo o que se diz e tudo o que se faz
.
Diz-se das janelas vizinhas à espreita
Faz-se dos silêncios um mar que espera
Diz-se de um vagabundo que em ti se deita
Faz-se um jardim, mais que uma Primavera



Percorro as margens, navegando em meu corpo
Sei-me forte e vivo, em cada novo olhar
Seja pelo mundo, carregado de tudo o que é vivo e tudo o que é morto
No destino de sempre querermos desaguar
.
Tudo o que é vivo em aromas de multidão
Tudo o que é morto no sonho clandestino
Tudo o que é vivo carrega o peso de cada paixão
Tudo o que é morto não é mais que um destino

11 comentários:

Maria disse...

Percorro as margens do rio onde por fim navego,
correndo-me escorrendo-me,
até me desaguar numa maré cheia...
... de abraços...

Abraço-te, Pedro

pin gente disse...

tudo o que é vivo
aparece, volta, vive
apaixona-se pelo que faz
e não perde um segundo que seja
tudo o que vivo
não precisa de renascer

para mim, estás hoje de parabéns

beijo vivo

Som do Silêncio disse...

Gostei de ler-te...
E tu sabes porque o digo!

Bjs

Claudia disse...

O destino não existe. Senão, nem a poesia faria sentido...

Beijo (con)sentido

sombra e luz disse...

o rio corre... e está sempre lá... mas a água nunca é a mesma... e nunca está parada...
estranho isso, não?...
beijinhos
(e obrigada pela força...)

Brain disse...

Tudo o que é vivo,
É sentido!

Tudo o que é morto,
É porque foi consentido.

E ler-te,
É sem dúvida,
Sempre,
Sentir-mo-nos VIVOS!

Abraço.

Paula Raposo disse...

'Sei-me forte e vivo'. Isso basta. Beijos.

as velas ardem ate ao fim disse...

E o que é o destino?

bjo P

tufa tau disse...

tudo percorro
seja onde seja
sei-te e sei-me
diz-se e faz-se

gostei da volta
desta corrente
serena e decidida


beijo para mais um ano

Anónimo disse...

Gostei muito muito, particularmente o ultimo verso

Beijinhos**

Moura ao Luar disse...

Beijos nas palavras

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...