No tempo. No meu tempo me perco sem o conhecer ou dominar sequer. Vagueio pelos seus labirintos, tento contorná-lo, fintá-lo às vezes, na penumbra dos sonhos que nos inquietam os dias e as noites. No tempo. No meu tempo me vou perdendo sem saber (nem sei se me importo) se irei chorar por ele. Porque o tempo, pode ser só o meu ou não, transborda-nos o respirar. Às vezes sufoco. Outras nem dou por isso. Fico-me sem pensar. Ou sem palavras. Desejo-me dentro dele. Do respirar no tempo que é meu. Nosso. De todos. Onde os encontros são bem mais fundamentais que a filosofia. No tempo que nos vai consumindo em doses cruéis ou em pedaços de pele à solta nas fontes que nos alimentam...
6 comentários:
Estive a ler este blog com atenção e gosto muito dos seus poemas.
Porque têm garra,alma e personalidade própria.
Os poemas revelam as pessoas que os escrevem e o Pedro é poeta dos autênticos, porque introduz força animica no que escreve.
Gosto, gosto muito.
Maria
sol infinito
Deixar correr o Tempo...
num tempo que é o nosso,
e onde eu me perco, e me reencontro
... ainda a tempo...
Beijo de boa noite, Pedro
Li-te e gostei-te!
Beijo-te e vou-me!
Bjs
predadores
masc.plu.de predador
do Lat. praedatore
adj. e s. m., Zool.,
animal ou designativo de animal que ataca outros, destruindo-os
hoje fui abalroada por um potencial predador, ou por um terrível momento...
destruiu-me!
as tuas palavras não mo fariam lembrar se não tivesses destacado.
já as li antes e não me apercebi.
não que estivesse cega, apenas destacaste a palavra "predadores".
estes, não têm compaixão pelas suas vítimas... assim me senti estes, esperam o tempo q.b. ... não o perdem.
estes, escolhem a vítima mais fraca... para aumentar o sucesso.
estes, só pensam em si... para saciar a sua fome.
o teu texto não faz sentido a nenhum predador pois o tempo não o é...
a tua imagem não é admirada por nenhum predador pois a sua beleza é serena...
(desbafei contigo, porque "foste" o primeiro que apareceu)
às vezes sufoco, sim!
do pouco tempo que me oferecem
cheguei ontem
já tarde
nada!
voltei hoje
muito cedo
tudo!
como te dão tempo, pedro... ainda sufocas?
o que aqui está
nasceu ao fim de um dia
perdi-o por minutos
já o sei
voltei sem deixar passar um dia
vejo-te ontem
e eu não acordei
a noite já vai alta
triste sina
uma imagem bela encontrei
reparo na calma destas águas
tanto a queria para mim
tanto chorei
palavras que não li
pois rasos de água
os meus olhos não as podem ver
palavras não senti
e a mim prometo
tal noite
não volta a acontecer
o meu tempo não me dá futuros próximos... sorte a tua que podes perder-te no teu tempo e sem saber! e nem sabendo se te importas!
beijo
luísa
No tempo em que se perde a noção do tempo...
Beijinho*
Enviar um comentário