13 de junho de 2008

sErMaIsAlTo?

Se cada palavra desta dorDeste inquietante respirarSufocante caminharEntre o fogo e o ardorDe tudo se me rebentarDe cada vez que desfaço mais um pouco do meu interiorSe cada palavra fosse apenas isso:Única vertigem do meu cansarPrecipício sem o compromissoDa morte ou do ressuscitarEm chagas tamanhas de onde me despeçoPara de novo me acordarSer mais alto? Mais perto?Ou apenas uma solidão ao passar?Por entre os nós da memória e do tempo incertoQue me corrói sem sequer me tocarQue me arrasa, que me está a pisarQue me atira, de encontro ao mar...

10 comentários:

pin gente disse...

transformarei a tua dor em luz
porque és poeta
e a tua solidão há-de afastar-se a lonjura do horizonte
quando a olhares verás o sol beijar o mar e apenas terás saudades desse beijo
sabes que jamais podes alcançá-la
mas és poeta!
assim que encontrares outra solidão vai abraçá-la
e eu, como num conto de fadas, apenas a posso voltar transformar
para nunca ser uma dor de vir e ficar

um beijo, pedro

Maria disse...

Rasgas-te e sangras em cada palavra, aqui.
Se eu pudesse ficaria com todas as dores. Que juntava às minhas. Talvez assim rebentasse, de encontro ao mar...

Já te disse que és especial?

Um beijo, Pedro

Maria Laura disse...

É. Dor, apenas. Mas a tua vocação é ser mais alto, mesmo.

Lyra disse...

Tamanha dor terá, inevitavelmente um fim. Aí crescerás e claro que serás "mais alto".

Beijinhos e até breve.

tufa tau disse...

"Por entre os nós da memória..." tens deixado palavras "perdidas" que "devias" recuperar... são também aspalavrasatravésdosoutros, como estas, que gostaria de ler aqui (com o visual que tão bem lhes associas)... por seres mais alto... para estarmos mais perto.

sempre o mar te há-de abraçar
encontra-te com ele no seu leito
viverás um rebentar perfeito
e a dor morrerá no teu olhar



gostei da foto. faz-me lembrar as tarefas de verão que tanto me relaxam o espírito. a sós... eu e os apetrechos de jardinagem, os pássaros, a brisa, o som da água corrente vinda da mina, as rápidas lagartixas, a vontade de cantar e, naturalmente, as recordações de momentos felizes.


beijo, pedro

mariam [Maria Martins] disse...

poesia/raiva/dor/desalento...

que fazer... talvez um "volteio"

olhe que funciona!

bom Domingo
uma semana fantástica

um sorriso (largo) :)

f@ disse...

Com esta imagem tão bonita e criativa associada a tão belo e sensivel texto eu fico baixinha em palavras...
beijinhos até às nuvens

Twlwyth disse...

Sufocante caminhar entre a Dor de não Ser apenas mais um Se..

Beijo

tchi disse...

Ser, sobretudo, no mais perto de nós e onde o mais longe da nossa alma nos permitir chegar.

Abraço.

Eu sei que vou te amar disse...

Palavras que se vestem de dor, sentimentos que navegam ao encontro deste mar infinito, lavando a alma e salpicando-a de gotas cristalinas, pois so assim ultrapassamos a inquietude deste fogo que arde sem se ver;)
Adorei!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...