24 de agosto de 2008

dEoLh0sFeChAd0s

Quando eu morrer, por favor, apareçam todos. Chorem e cantem e elevem as palavras ao vento! Digam que fui um génio e um vulgar. Que amei e fui cruel. Que nunca compreendi. Que os meus olhos são bonitos e o meu sorriso o meu espelho. Junto do mar façam uma roda e penetrem-se nos olhares que recordam e cantem. Sim. Pode ser. Cantem a paixão que foi a minha vida e os amores que tive e não tive. Depois, baixinho, em leve sussurro colectivo, deitem o meu nome no mar e sigam o vosso caminho. Que me encontrarão sempre que uma onda rebentar na praia.

16 comentários:

Maria disse...

Não tenho palavras. Pode ser que volte aqui. Vou digerir...

Mas deixo-te um enorme abraço, Pedro

BlueVelvet disse...

Normalmente tenho dificuldade em deixar um comentário.
Venho sempre e leio.
Porque sempre me comovo, e tudo o que me apetece dizer é : Lindo.
O que e pouco.
Por isso saio de mansinho.
Mas hoje, memso correndo o risco de me repetir, fiquei com um nó na garganta.
Lindo...demais P E D R O

CNS disse...

Belissimo. Emudeço.

Um abraço

Maria P. disse...

Pedro...
(não há palavras)

Beijinho.

Donagata disse...

Lindo!
Eu que já adoro o mar, vou ficar mais comovida ainda sempre que uma onda atrevida me beijar os pés.

MS disse...

... vim até aqui porque gostei do poema que deixaste a 'Twlwyth'!

O mar esse profundo e imenso leito...

Júlia Coutinho disse...

Há poetas que têm um desajustamento com a realidade, vêem-na através de espelho distorcido que os faz viver longe da terra. acredito que a tua escrita traduz essa essencia vivencial, bem mais que a tua realidade de vida.
Contigo, voamos sempre.

Mariana disse...

"Depois, baixinho, em leve sussurro colectivo, deitem o meu nome no mar e sigam o vosso caminho."
Maravilhoso!

beijinho

Lúcia disse...

Emocionei-me! Não digo muito, por isso. A morte toca-me profundamente. A imortalidade havia de existir na forma que a cantas no teu último verso.
Beijos

Anónimo disse...

Sabes Pedro, Há muitas marias na terra e catarinas no mar...´
e se um beijo fosse uma flôr?

é dificil ler-te sem te comentar e comentar-te é obra!

Obrigada pela partilha, pelo sorriso que não esqueceste.

Gosto muito de te ler.

tenho este blog há pouco tempo.
nada de jeito...
apenas Vida.
e um sorriso que te espera de braços abertos.

dulce disse...

Nunca mais olharei as ondas da mesma forma ...
Muito, muito, bonito!

Abraço muito apertado, daqueles que se sente o coração!

Maria disse...

Já te sei de cor de tantas vezes vir e voltar aqui...
... e continuo sem palavras...

Um beijo, Pedro

Parapeito disse...

... Ao ler te lembrei-me de Sofia de Mello Breyner..." Quando eu morrer voltarei para buscar / Os instantes que não vivi junto do mar".
Muito belo o que escreveste...
**

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Que seja feita a tua vontade!

Beijos

mundo azul disse...

Lindo! Tomara que você, realmente veja a morte com essa serenidade...


Beijos de luz e o meu carinho!!!

Mª Dolores Marques disse...

Uma morte anunciada como as tempestades no alto Mar?

Gostei..

Dolores

oTeMp0

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