29 de agosto de 2008

SéPiA

Podia ser pedra ao redor da montanha
Cristal por entre a corrente do rio
Desse que da fonte em dor tamanha
Se eleva até nós num arrepio
.
Podia ser água ao sabor do teu beijo
Ritual quente de um tempo de liberdade
Desse que existe aprisionado no desejo
De nos encontarmos nos reflexos da saudade
.

Podia serpentear o mundo, a paixão
Danças de olhos fechados perto de nós
Dessas que sabem de cor os caminhos da mão
Que se perdem nos abraços, nas lágrimas e na foz

8 comentários:

SMA disse...

Registo em ouro
em pele
.
.
.
memoria
.
.
viva

bjo

cristal disse...

Lindo,lindo,este post...

Vida,
Paixão,
Lágrimas,
Rios de ternura,
Danças e...

ABRAÇOS....

São tão bons os abraços!!

Um grande Abraço para si Pedro e muitos sorrisos :):)

Maria disse...

Da pedra que circunda a montanha pode sempre nascer um rio
Da água que sei a escorrer pode libertar-se a vida por um fio
Da saudade, da paixão, do beijo, dos olhos fechados restarão os nós
Que desatam os caminhos e os abraços e correrão até à foz.

Um beijo, Pedro.

As palavras que te digo disse...

Lindo Pedro!!!
Beijo

mariavento disse...

Podíamos sempre ser tudo!E com alma de poeta!

Anónimo disse...

Que lindo. É a estes poemas que me refiro sempre que digo que não sei o que é a poesia, este jogo maravilhoso de palavras envoltas em sentimentos.

mariam [Maria Martins] disse...

Olá!
palavras ditas e dançadas
tocam a palma da mão num arrepio
ritual de saudades lançadas
livre nasce e corre esse rio

este seu poema é lindo! e o anterior, demais! sem palavras...
fiz um pequenino hiato, de dia e meio nestas férias, regressei à "base" e à net, sigo para Madrid e Saragoça, vou à EXPO (apenas 3 dias), depois Castelo branco, quando voltar em meados de Setembro, vou ler tudinho com calma, agora vim só dar um abraço

e um sorriso :)

mariam

pin gente disse...

e eu?
podia ser a areia que de ti cai
sal, encrustado em tua pele
livre como o tempo que se esvai
saudade imensa de sabor a mel

podia ser beijo no leito de teu rio
de memórias, longas como margens
contigo sentir esse nosso arrepio
que nos eleva ao céu, noutras paragens

podia ser a serpente que te hipnotisa
dançar sem roupa para teu espanto
de mãos dadas partir sentindo a brisa
e fazer da nossa vida um novo encanto



"daspalavrasatravésdosoutros"

beijo, pedro

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...