27 de outubro de 2008

nUnCaPaRaNd0

Sei que do outro lado da viagem o tempo é um labirinto aberto de cores e cheiros por onde dançaremos. Sei que o meu sangue te percorre as memórias e entre cada nova respiração teus olhos ficam mais perto do mar. E eu naufrago de ti, vou voltando ao princípio sempre que chego a uma nova estação. Os teus passos ecoam dentro dos sonhos. A tua voz melodia-me a lareira. O olhar pinta-me a calçada. Sei que do outro lado da viagem não existem paragens. Apenas o eterno desafio de nunca parando sabermos ficar...
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Pudessem as palavras abraçar os viajantes, então saberia que minha voz não é muda.

12 comentários:

Maria disse...

Sei como é este lado da viagem.
E é deste lado que quero estar.

Quase sufoco de te ler, de tão intenso. Mas é assim que gosto. Sabes que preciso destas palavras (sempre inquietas) para respirar...

Um beijo de boa noite, Pedro

mariam [Maria Martins] disse...

Sublime!
Tão bonito.Mesmo.
e, "Pudessem as palavras abraçar os viajantes, então saberia que minha voz não é muda."

Pedro,
Boa semana
um grande abraço
e um sorriso :)

mariam

Mariana disse...

gostei mesmo. =)

beijinho

AnaMar (pseudónimo) disse...

Embora nunca a tenha "escutado" sinto que não é muda a tua voz. Mesmo quando parece calada.

Belo bailado de palavras.

Anónimo disse...

Sei que o desafio é comentar o enlaçar das tuas palavras mergulhadas em cores e sons...

Beijo, Pedro

Som do Silêncio disse...

Gostei de ler...

Bjs,
Som

cristal disse...

Gostei desta dança!
Deste embalo assim...sem parar...

e sabe?
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( os viajantes sentem o abraço das suas palavras...)

Um Abraço Pedro

Maresia disse...

Partir e ficar... Seja uma coisa ou outra, parte-se ficando, fica-se partindo...

Maresia disse...

Partir e ficar... Seja uma coisa ou outra, parte-se ficando, fica-se partindo...

Melga do Porto disse...

Grades que dividem mundos.
Mundos diferentes, porventura.
Vidas opostas, quem sabe.
Senão o porquê das grades.
Seremos nós, as nossas próprias grades!
Talvez, quem sabe.

Maria disse...

Voltei. Para conhecer o outro lado da viagem.
Dançaremos mais perto das cores e dos cheiros, quando o meu sangue salgado me empurra para o mar.
Agarro-me à rocha que sou. Ou que gostaria de ser. O teu olhar desenha conchas e búzios na areia. Que uma onda lambe, e desfaz.
Percorro o outro lado da viagem que não conheço, nunca parando, nem sabendo se saberei ficar.
Sento-me à tua beira. Porque aqui sei onde estou.
E aqui quero ficar, contigo.

Um beijo, Pedro

filipa disse...

A tua voz jamais será muda, enquanto nos mergulhares na intensidade das tuas palavras... onde nos mostras o outro lado da viagem, percorrido entre cores e cheiros.

Maior beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...