19 de janeiro de 2010

eNtReAvIdAeAm0rTe

Se o meu passo
É um grito
E o meu grito o cansaço
Preciso do mar...
Se a minha mão
É um beijo
E o meu beijo o regaço
Deixo-me perdido no teu olhar...
Se o meu sangue
É um rio
Feito lava a correr
Preciso do teu sorriso...
Se o meu canto
É lágrima
E a lágrima leito a arder
Perco-me neste chão que piso...
Se o meu manto és tu
Entre o sonho e a melodia
Só me dou se for assim, todo nu
Porque se tudo é tudo nesta sinfonia
Poema, verso, lágrima ou agonia
Serei sempre o poeta em flor ardente
E mesmo longe de mim
Saberei inventar um novo jardim
Só para renascer perto do fim...

6 comentários:

Anónimo disse...

é tão bom ler-te.
és lindo em ti e nas tuas palavras.

beijos Pedro

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,poeta

tão Belo! Um poema lindíssimo.

tenho andado ausente, e ainda que não comentando, vou passando e lendo com emoção tudo o que escreves :)

um grande abraço e o meu sorriso :)
mariam

Maria disse...

Se caminhares até mim, que sou mar
De tanto de ti nascer e navegar
Descansarás todo o teu cansaço
E a vida abrir-se-á no teu regaço

Se de mim beberes todo o sangue
No regresso de ti exausto e exangue
Saberás conjugar o verbo amar
E não perderei o brilho do teu olhar

Se a lágrima for leito, sorriso e canção
De todo o amor, dor e inquietação
Serás flor azul pintada em meu jardim
E dançarei para ti assim, despida de mim.

Beijo-te.

zmsantos disse...

Abraço, Pedro.

Carol disse...

Pedro,

"Porque se tudo é tudo nesta sinfonia
Poema, verso, lágrima ou agonia
Serei sempre o poeta em flor ardente
E mesmo longe de mim
Saberei inventar um novo jardim
Só para renascer perto do fim..."

Tu és sempre tanto, transbordante de emoções ... :)

Beijo carinhoso,

C.

Lídia disse...

... entre a vida e a morte caminhas com as tua palavras. Gosto delas.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...